quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Memórias

Engraçado como na vida as opiniões mudam, as coisas mudam, tudo muda. Se me perguntassem a uns 3 anos atrás os piores anos de minha vida, com toda certeza diria que alguns anos que morei no sítio seriam eles. Não o começo, mas o fim quando tudo já era diferente. Hoje estava eu aqui, lembrando da Sinuca e ela me fazendo lembrar meu avô e isso me fazendo lembrar outras coisas, e memórias saindo da cabeça, e de um momento para o outro, uma época que eu não estava muito contente, passa a ser uma das épocas mais valiosas em minha mente. O simples fato de ter lembranças dele ali, em pé, forte, falando comigo, limpando a sinuca, se tornam tão valiosas que fica inenarrável demonstrar. Isso me mostra que toda e qualquer situação tem seu valor, por muitas vezes muito maior do que pensamos ou damos a elas. Mas o mundo é um circulo, gira e faz coisas mudarem, tudo é mutável, nós somos mutáveis e talvez seja esse o sentido da vida, mudar, repensar, se fossemos sempre iguais a vida seria a mesma sempre e acabaria ficando enjoativa. Nesse período difícil, venho notando o quão importante são algumas memórias que tenho, guardadas talvez na lista das mais chatas, entediantes ou talvez desagradáveis, mas cada uma delas sob esse novo olhar, sob essa nova situação, acaba mudando de lugar e ocupando a vaga das mais gostosas e emocionantes. Lá está ele, um ídolo aos meus olhos, há mais de 50 dias, lutando para sobreviver. As vezes tenho sido pego, vagando em minha própria mente, parado, viajando, lembrando daquele que por muitos e muitos anos me fez feliz, como na noite do natal, depois de 24 anos, passei essa noite sem a presença dele, e ao ver um amigo abraçar seu avô meu olhos se encheram de lágrimas e aproveitei o momento da oração de todas aquelas pessoas para mentalizar coisas boas para ele, que seria meu melhor presente. Enquanto esse presente não chega, simples imagens e sons, guardados na memória, se tornam bens invioláveis e emocionantes dentro de mim. E com eles continuo a acreditar que no mundo tudo é possível e voltarei a te ver outra vez. Igor Reis Moreira Mathias

segunda-feira, 7 de maio de 2012

A última representante do trio ternura

Há cerca de 14 anos atrás, lá estava eu, pentelhando todo mundo lá em casa, um dia antes de mudar de Três Rios para Ipiabas, para comprar um cachorro que vi na Casa do Fazendeiro. O preço que era 40 reais, no fim saiu por 38, se me lembro bem, com uma contribuição de todos da casa. Logo na primeira noite você sumiu e foram te encontrar dentro da mala da minha vó, escondida e dormindo, desde cedo mostrando suas habilidades de esconder. Foi você a primeira a apanhar do Dino no sítio e foi você a ficar conosco quando a Moaninha veio a morrer. Xinha, Tochinha, Tinha ou até Tichinha, era uma espécie de cachorra do homem aranha. Nunca vi outro cão escalar um muro de 3 metros, andar em cima dele e descer como você fazia. Sem falar no seu instinto aranha, que ao notar meu avô chegando fazia você andar como um soldado para se esconder na sala ou ir pro quarto do Rafael. Quando viemos pra Volta Redonda você veio, mas ficava tão triste de ficar longe do Dino e da Babi que optamos por te deixar no sítio, lá você todo seu espaço para aproveitar com eles. Quantas vezes você dormiu no meio das nossas pernas? Quantas vezes nos alegrou e nos fez rir? Guerreira, sobreviveu a muitos perrengues, problema com ingestão de ossos de frango, quase envenenamento, porradadia com a Babi e por fim esse câncer. Sábadão eu estive lá com você, brinquei, te sacaneei e até agora não acredito que se foi assim. Mas se foi de uma forma linda, se é que isso existe. Ao pular no colo daquele que você escolheu ser seu dono, você o abraçou, deu seu último suspiro e descansou. Sorte do Rafael ser eleito por um cão como você. E sorte sua por ter um dono como ele, uma pessoa que não poupou esforços de nenhum tipo para tentar um tratamento para sua doença. Por fim, foi aqui que você veio parar. Nada mais justo a você que nos deu seu carinho, afeto e companhia, descansar em um lugar digno de sua existência. Não foi no lixo que te achamos e não era para lá que você iria. E mesmo que tivesse sido lá que nós a tivéssemos encontrado, não era nem um pouco perto de lá o lugar que você merecia. E agora você vai descansar ao lado de onde sua irmã descansa, é o lugar que agora você descansará. Seus corpos mutarão e alimentarão lindas flores que ali foram colocadas para nos mostrar a alegria que vocês sempre nos deram. Como diz a placa que ali se encontra “ao chegar e sair nos deixe paz e alegria” e foi isso que vocês sempre fizeram. Obrigado por ter feito parte da minha vida, obrigado por ter me ajudado a me tornar parte do que sou. Vai em paz doidona, agora tu tá com os teus, Dininho e Bah vão cuidar de você pra nós.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

O conto de Brasiléia – A nova terra do Nunca

Não sei porque o espanto nesses últimos dias. Não sei porque de todo esse alarde. Aliás acho que sei, as notícias chegaram ao jornal das 8 e ao noticiário de domingo. Ai sim o brasileiro fica bravo, reclama, faz protesto. Realmente roubar todos os dias pode, mas roubar e aparecer no noticiário é sacanagem.
Brasileiro é como chifrudo otário. Dar pra outro pode, mas que seja no motel ou outro lugar, agora quando pega ela com outro na tua cama, ai ferrou. Ai vira anti-ético, fica bravo e por fim vai la na Casas Bahia e compra uma cama nova, em 10 vezes sem juros lógico.
Parece que o jeito para melhorar o país seria uma ditadura, fechar câmara, fechar senado, fechar tudo, mas no fim, alguém vai abrir os bolsos e pronto. A dita vai ser dura pra uns e mole pra outros.
Eu já cheguei a conclusão que o problema não é só no Brasil e sim na humanidade. O ser humano é a raça mais desprezível que já habitou esse planeta, consome recursos naturais, recursos minerais e consome muito, recursos financeiros. Mas o que esperar de um ser que se julga supremo e acredita que o valor é ditado por cores e desenhos diferentes estampados em um pedaço de papel.
O ser humano realmente é uma raça desgraçada, mas parece que o brasileiro é pior ainda. No Japão o político é pego roubando e tem o peito de se matar, em outros lugares o povo vai pra rua bater panela, no Brasil o povo vai pra rua tentar ganhar a parte dele também.
Só em um país com um povo tão apático para um político dizer que 20 mil reais não dá para ele passar o mês. Meu amigo se 20 mil não da pra você passar o mês o que dá na tua cabeça quando você vota o salário mínimo? O que você acha de um trabalhador que ganha 600 conto por mês?
É revoltante ver o que fazem e o povo não fazer NADA. Ai chega na semana seguinte o pessoal lá de cima vota um término provisório de seus trocentos vencimentos anuais e o povo pensa, “Viu a Globo ajudo nóis”. Ajudou nada, semana que vem eles votam novamente e agora ao invés de 18 vão ser 20, 20 salários em uma ano de 12 meses, 56 diárias de viagem em um mês de no máximo 31 dias, números que só existem no Brasil, um país do faz de conta, onde o povo finge que briga e os representantes fingem que ligam.
E ainda há quem diga que Deus é brasileiro. Brasileiro uma ova, acho que o desgosto dele é olhar aqui pra baixo e ver o que somos capazes de fazer, ou melhor, o que não somos capazes.
Dá vontade de chorar, você ligar sua TV e ver que no nordeste a senhorinha não tem dinheiro pra comprar água pra família, enquanto o grande filho da profissional do sexo está gastando, ou fingindo que gasta, uma soca de dinheiro com coisas desnecessárias.
Acorda BRASIL, nem tudo é Micareta, Carnaval, Futebol, MMA e cerveja. Acorda porque somos um gigante adormecido, com potencial de andar a passos muito mais largos do que estamos dando hoje.
É triste ver que o sistema está todo destruído e que a solução seja talvez uma chuva de uma semana, uma semana chovendo gasolina, deixando tudo escuro, até que alguém tenha a ótima idéia de acender uma vela, mas aí, JÁ ERA.
Igor Reis Moreira Mathias

terça-feira, 3 de abril de 2012

O toque que faltava

O Gato de botas já não teve bota, o Aladin já foi só um ladrão, Rei Arthur era só um cavalariço, a Cinderela só uma serviçal, o Shrek só um ogro e o príncipe também já foi sapo, porque eu não poderia também mudar.

Mudanças existem e as vezes elas vem pra melhor. E comigo foi assim, num determinado momento de minha vida, minha bota, lâmpada, espada, sapatinho de cristal, minha princesa apareceu e com um beijo, e seu jeitinho de ser me mudou completamente.
Eu que já fui um cara que tinha muito medo do futuro, hoje só rezo para que ele chegue logo e que essa distância acabe para podermos por todos nossos sonhos em prática.

Como toda princesa que se preze, a minha também teve seu castelo no momento do noivado. E a simbologia do castelo vai além do “simples” fato de uma princesa ter que seguir esses protocolos. O castelo simboliza o amor que assim como o castelo, irá resistir às coisas que passamos, será um amor forte e bem consolidado, assentado numa base de pedra rígida, que nem o tempo irá destruir. Sim nem o tempo, pois para mim a morte não é o fim e sim o começo de outra etapa. E acho que comigo já foi assim.
Porque 2 pessoas sairiam de cantos distintos, em datas parecidas e iriam se encontrar na terra do conto de fadas? Nem a interferência de um Leprechaum explicaria isso.

Leprechaum esse que nos abençoou com um lindo arco-íris que nos mostrava o caminho de nossa felicidade.

A distância existe, mas é com o amor que ela vai ser superada. Aliás, que forma melhor de superar um problema se não com o amor?! E assim será, o tempo passará, mas o Castelo vai continuar no alto da montanha, resistindo ao sol, ao frio, a chuva e aos passar dos dias.

E assim só me resta pedir desculpa pelo erros, melhorar os pontos fracos e esperar o tempo trazer minha princesa de volta pra mim.

Igor Reis Moreira Mathias

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Greve Da Segurança Pública

Parece que a moda pegou e como vem acontecendo agora em todo carnaval, uma coisa é lançada na Bahia e acaba que outros estados aderem a modinha. Depois do "Tchubirabirom" e do "Rebolation", parece que a moda desse ano é a Greve da Polícia.
Eu não vou discutir aqui se é certo ou errado o trabalhador fazer greve, isso é um direito incontestável, porém, entretanto, todavia e contudo, nem tudo que é lícito é ético.

Na Bahia esse ano, como parece que acontece com tudo lá, a greve acabou virando festa. Invasão da assembleia, policial armado contra o povo, possibilidade de enfrentamento entre polícia e exército, uma bagunça e não uma greve. Só faltou um trio elétrico com o movimento sindical em cima e os manifestantes vestidos com abadá. Agora ta na hora das pessoas aprenderem a pedir e interpretar as coisas, como diria o baixinho "Greve é greve bagunça é bagunça".

Eu, sinceramente, não concordo com essa greve, já que todo policial é concursado e na hora do concurso está lá no edital bem marcado, em negrito quase fluorescente sublinhado e em itálico, o valor que ele vai receber após um mês de trabalho. Porém é direito da pessoa não trabalhar, e em contrapartida do empregador não pagar por cada de falta.

Concordo que os policiais e bombeiros deveriam ganhar muito mais, e vou além, proponho que tenham um aumento de 600% no estado do Rio, vindo a receber mais de 7 mil reais por mês, porém caso algum deles venha a ser pego fazendo qualquer coisa de irregular, o mesmo seria expulso da corporação e preso, sem direito a julgamento, pois o fim do mundo é você ver algumas pessoas que deveriam fazer cumprir a lei, abusando delas ou as infringindo.

É triste ver algumas classes reclamarem, algumas fazem greve quase todo ano, como é o caso do poder judiciário, sai ano entra ano, as vezes o ano nem chega acabar, eles fazem greve, reivindicam melhores salários. Realmente viver com um salário de juiz é difícil, chega uma hora que você não tem mais em que gastar, aí já viu, começa a ter que comprar o mesmo produto em cor diferente só para ter o prazer de comprar. Prazer sim, porquê comprar é um prazer e dependendo do tipo serviço pode até mesmo ser um prazer sexual.

Mas como em tudo na vida há sempre uma lição a ser tirada e temos que saber tirar proveito de disso. Assim sendo porquê não adotar essa moda da greve em outros setores? Eu acho que com os salários atuais quem deveria fazer greve são as domésticas, empregados do comércio, frentistas, garis e até mesmo o ultrage de ver uma greve dos aposentados. Essas classes sim recebem mal e ainda não tem ninguém para pagar um chopinho.

Que tal talvez nós consumidores fazermos uma greve de pagamento de impostos!? Enquanto o governo não providenciar plenas condições de saúde, educação, segurança, saneamento, transporte e etc, nós não vamos pagar impostos ou não vamos trabalhar, parando a economia nacional. Porquê em um país onde o povo ganha 600 reais e o representante do povo ganha 24 mil, o certo é aceitar ir trabalhar por milzão e depois se arrepender e cruzar os braços para ver se a mamãe governo passar a mão na cabeça do filhão concursado ou invés de pedir demissão e procurar por outra vaga no mercado de trabalho.

Mas nem tudo esta perdido um dia isso muda. Eu acredito. Porque por enquanto quando eu começo a ver as coisas funcionando de forma diferente eu sempre sou surpreendido pela minha mãe dizendo: "Filhão acorda, ta na hora de ir trabalhar".

sábado, 17 de dezembro de 2011

É Hora de Repensar

Como é possível uma pessoa colocar a cabeça no travesseiro e dormir sabendo que desviou verba da merenda, do saneamento ou da saúde que deveria ser direcionado a salvar alguém.

Roubo de dinheiro público, desvio de verba, entre outros, deveriam ser considerados crimes de assassinato doloso, aquele com intenção de matar. Sim parece radical, mas se você for ver toda a cadeia de atuação desta ação você há de concordar comigo.

Quantas crianças em nosso país tem como sua única refeição a merenda servida no colégio? Quantas pessoas morrem por ano em estradas esburacadas, com falta de sinalização? Quantos morrem por não terem um leito em um hospital ou por falta de remédio? Quantos deixam de viver por terem adquirido uma doença relacionada a falta de saneamento?

Infelizmente acho que nossa conta passa dos milhares, e mesmo que ficasse em uma única morte que fosse, uma vida perdida é uma vida que não há como ser resgatada.

Infelizmente a grande esmagadora, para não falar quase absoluta, parte dos políticos agem e administram as verbas públicas de acordo com o que eles pensam ser melhor para eles. A pracinha que vai dar mais votos, aquele show que tantos querem, aquela ambulância de segunda. Tudo girando em torno daquele pensamento egoísta do que será mais vantajoso em termos de votos para mim.

Muito se discute em nosso país sobre a questão da legenda, e ai vem a velha pergunta. A quem pertence a vaga, ao político ou a legenda? Desculpe meus caros doutores, acho que desvirtuamos um pouco as coisas. A vaga pertence ao POVO, é ele quem elege o senhor como REPRESENTANTE e não como mandatário.

Os políticos já passaram da hora de entender que eles lá estão com o dever de representar e lutar pelo melhor daquelas pessoas que confiaram a ele o direito de escolha direito de direcionamento do nosso tão suado imposto. Imposto esse pago para prover as necessidades COLETIVAS e não necessidades individuais. Entendam de uma vez por todas, vocês sem nós nada são, nós sem vocês somos talvez a salvação.
Porque não ouvir as necessidades, pegar seu carro de luxo e ir rodar por um bairro pobre e ver que pessoas passam fome e necessidade, enquanto você paga putas e Sexjets com o dinheiro suado do proletariado.

Muitos declaram a política como profissão, enquanto isso não deveria passar de um hobby, ou no máximo, uma segunda atividade exercida. Mas infelizmente em nosso país ser político virou profissão vantajosa, por todo o salário e benefícios adquiridos e isso deveria ser diferente as pessoas deveriam se interessar por política e por trabalhar com isso para contribuir com o melhor para nossa nação, dar idéias e gerar lucros sociais a uma grande parcela, atuar na política pelo simples fato de ter um sorriso e um obrigado como retribuição de seu esforço. Política deveria ser projeto social e não profissão legalizada.

Infelizmente esse cenário não faz parte somente de nosso país, esse é um mal que assola boa parte da humanidade,pois infelizmente esse egoísmo alienado está inserido no gene humano, então onde houver a raça humana haverá tal mediocridade. A única boa notícia é a que Darwin nos deu, dizendo que tendemos a evoluir e melhorar em certos aspectos. Dessa forma, um dia, talvez, possamos ver na felicidade geral um motivo maior do que um enriquecimento pessoal.

Igor Reis Moreira Mathias

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O Ogro e a Princesa

Era uma vez a história de um Ogro e uma princesa. O ogro como sempre gordo e preguiçoso e a princesa linda como nos contos de fadas, loira, bonita, inteligente, esforçada e extremamente batalhadora.

Um dia na terra dos duendes, onde se fala gaélico e onde ambos foram para estudar sobre poções mágicas e bebidas negras, houve o encontro que veio a mexer com os dois. Como em todo conto de fadas, a princesa foi relutante a primeira vista, mas acabou se rendendo ao charme do ogro.

Muito aconteceu nesse caminho, desentendimentos, conversas, desculpas, mas algo era indiscutível, ao se verem ambos balançavam. Com a ajuda de um samurai japonês, uma Cabocla do agreste, uma tímida Drúida entendedora de sabores e cheiros, e os cavaleiros que acompanhavam o ogro, ambos acabaram se rendendo a este encantamento que foi acionado ao cruzarem seus olhares.

Tudo começou ali nos dados oficiais do reino, onde bebidas negras e poções eram vendidas a preços baixíssimos e de onde a carruagem partira deixando a princesa para traz. Com a impossibilidade dela seguir para casa o ogro ofereceu a sua para que a princesa e a Druida repousarem.

Chegando a sua simples cabana o ogro fez questão de dormir no chão com suas convidadas mostrando ali que não era somente um ser de carcaça estranha. E assim foram entre celebrações do reino, inclusive uma em que os soldados do rei tiveram que intervir por conta de um alarme de ataque acionado indevidamente a banquetes nas terras botinais.

Sobreviveram a desentendimentos, malandros e malandras, a distância, já que o ogro sempre sonhou desbravar os reinos tão tão distantes, e por mais que tivessem tentado ficar longe acabaram se rendendo aos encantos e voltaram a se encontrar.

Porém eis que o ogro começou a ficar sem forças, cansado, viu a necessidade de retornar ao seu reino e começou a sentir feitiços que assombravam sua mente, sofrendo de feitiços que somente a princesa veio a saber e ajudar a retirar.

Enquanto puderam, ambos viveram felizes, compartilhando receitas e poções, visitaram reinos, riram, foram companheiros e por fim choraram. Dizem que foi a princesa a responsável maior pelo ogro ter conseguido desbravar tantos reinos e conseguir ficar tanto tempo fora de sua casa e que o ogro nunca conhecera uma princesa que o respeitasse, valorizasse e gostasse tanto dele.

Com tudo isso acontecendo com o ogro, ele acabou voltando para casa, verde por conta de um presente da princesa, e sentindo que um pedaço seu ficara para traz.

Atualmente o ogro e a princesa continuam essa saga de provação, mesmo parecendo haver um feitiço para os repelir. Ambos mantém contato por seus espelhos mágicos a fim de que um dia possam se encontrar novamente, e que nesse reino maravilhoso possam ser felizes juntos.

Hoje o ogro aprende uma de suas maiores lições, esperar. Esperar a fim de que tudo isso valha a pena, valha como valeu todo o resto. Hoje o ogro se sustenta e espera, espera que a princesa realize seu sonho, de ser uma das melhores magas dos sabores que o mundo já viu.

Enquanto isso o ogro espera, espera trabalhando e semeando uma terra, que um dia será muito fértil.

E assim continua o ogro, esperando e rezando para que tudo se resolva da forma como tem que ser. E que seja da forma como ele e a princesa querem.

Ogre Is breá le Banphrionsa

Iogr Reis Moreira Mathias