quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Qual a lógica do sistema?

A sociedade atual é algo que me desperta curiosidade. Se pararmos para notar, somos seres mais estranhos do que as gerações anteriores, principalmente se avaliarmos alguns assuntos como moda, música e o próprio estilo de vida.

Atualmente a moda é não estar na moda. Usar cores que não combinam, calças coloridas, roupas rasgadas, calças sem cintos e etc. Voltamos a usar coisas que eram tidas como fora de moda, coleções baseadas em modas passadas.

Na música cada vez mais damos valor a músicas que não contém letras, somente batidas. Antes as letras eram apreciadas, pensadas, interessantes. Agora nem sequer existem mais, ou se existem muitas vezes nem fazem sentido.

Nas festas o que se vê são jovens com instrução e educação que se drogam cada vez mais em busca de um estado de êxtase. Antes as pessoas iam para festas para confraternizar, se divertir e tals, hoje vão para ficar loucos se drogar e chegar em casa sem lembrar do que passou, pagamos por uma amnésia forçada. Mas se tudo isso é tão bom porquê queremos esquecer?

Na arte paramos de apreciar paisagens, figuras, rostos, vida, ARTE, para apreciar amontoados de rabiscos em cores diferentes, ou monocromáticos, ou até mesmo sem nada como o sugestivo quadro “The Empty”, que não passa de uma tela branca vazia. Nesse assunto precisamos de críticos que nos falem o que eles acham que o artista sentia no momento que pintou aquele quadro. Não somos capazes nem de formar nossa própria opinião ou expressar nossos sentimentos.

No atual momento vivemos de reclamar que é domingo e o fim de semana acabou, reclamar que “amanhã é segunda” e teremos uma semana inteira pela frente. Quantas pessoas gostariam de ter mais essa semana pela frente, quantas pessoas dariam toda sua fortuna para ter a pessoa amada por mais uma semana ou até mesmo um dia sequer.

Estamos vivendo em um mundo onde olhamos o pobre e achamos que ele é infeliz, olhamos o rico e o achamos a pessoa mais feliz do mundo. Mas estamos muito enganados, e digo isso por experiência pessoal, o lado mais pobre da minha família é muito mais feliz do que o lado rico.

O pior de tudo é sabe que eu também sou assim, compro algumas roupas pela etiqueta, quadro por artista e rezo a semana inteira para chegar o fim de semana.

Está na hora de refletir, descobrir se queremos ser seres de fim de semana que atravessam a semana toda em busca do final de semana prometido, ou seres humanos apreciadores de cada passo na vida.

Igor Reis Moreira Mathias

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