Como somos julgados e pré-julgados pela nossa aparência. É por ela que somos, freqüentemente, taxados como playboy ou fulero, gente boa ou Zé ruela, boa ou má influência, etc, etc e etc.
Vivemos a olhar para os lados e taxar as pessoas de coisas que não são, julgamos pelo que elas parecem ser e não pelo que elas realmente são. O quanto já não fomos surpreendidos com alguém que julgávamos de uma forma e era de outra? Há pessoas que se revelam para melhor e outras que simplesmente são decepções em nossas vidas.
Adoro jantar no melhor restaurante, mas nada o churrasco na área de lazer da Diretoria ou até mesmo na piscina aqui de casa. Porque servir caviar, se eu gosto mesmo é de comer frango. E comer frango com a mão, sem aquele malabarismo do garfo e faca.
Até hoje me pergunto por que uso sapato, já que o tênis é muito mais confortável e não machuca meu pé. Vejo programas em que mulheres deslocam o maxilar, quebram o nariz, raspam a face, simplesmente para “parecer mais jovem”.
São tantas coisas que me questiono. Porque um casamento cheio de coisinha, se nem podemos beijar e abraçar os noivos para não amassar a roupa. Sou mais um casamento mais simples, onde a noiva dança funk com a galera, o noivo puxa as meninas pro forró onde no fim estamos todos suados e cansados de dançar, vamos e pulamos na piscina para refrescar, juntamente com a noiva e seu vestido.
Já disse outras vezes, sim o belo foi feito para ser admirado, mas o simples é muito bom de ser vivido também.
Em toda minha vida uma coisa que pude observar é que as pessoas mais simples, geralmente são as mais felizes, vivem a vida com garra, lutando contra todo um sistema dia após dia, passando pelas dificuldades, valorizando a vida de uma forma que talvez outros não valorizem. Criam amizades fortes e consistentes, onde muito dificilmente é baseada no interesse, até porque que interesse monetário alguém teria?!
Já os ricos, parecem estar preocupados a todo momento com a imagem, com a pompa e a aparência que tem que manter. Larga a máscara vive a vida, às vezes são as coisas simples que nos fazem felizes de mais. É o pagode no churrasquinho do Braz, almoçar PF com minha família, o jantar de natal e aquele almoço na roça.
Tanta imagem, tanta coisa, que acabamos virando personagens em uma vida real, vivemos coisas que nem somos na verdade, podemos ser melhores ou piores do que parecemos, do que julgam que somos.
Quero pular na piscina com a noiva, sacudir o chocalho no pagode, ir de chinelo no shopping, ir ao restaurante de bermuda e camiseta. Vamos largar essa de parecer, nós temos que ser e chega dessa vida onde muitos comem sardinha e ficam arrotando salmão.
Igor Reis Moreira Mathias
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