domingo, 31 de julho de 2011

A Saga de Dublin – Berlim na Alemanha e Estocolmo na Suécia

Chegamos. A cidade que já foi dividida por um muro e por várias nações diferentes, a cidade que traz em sua história várias coisas tristes e uma linda mostra de recuperação. Berlim é o lugar.

Chegamos a rodoviária da cidade, que mais uma vez se mostrava ser pior que as rodoviárias do Brasil, pegamos um metrô, que lutamos um pouco para entender de começo e fomos para o hostel.

Dessa vez ficamos em um bom hostel, com staff muito gente boa, boa estrutura, mas meio mal localizado. O tempo já se mostrava meio rebelde nesse dia mas mesmo assim fizemos nosso check-in e já fomos direto para a rua. Primeira coisa que fomos ver era a galeria de East Side que preserva uma grande parte do Muro de Berlim ainda intacta e todo pintado em uma forma de galeria ao céu aberto. Em meio a tantas pinturas o que mais chamou a minha atenção e do Iago foi uma estátua de um urso pintado por Romero Brito, um artista brasileiro.

De lá partimos para a praça principal para vermos a tão famosa Berliner Fernsehturm, ou Torre de Televisão de Berlim, em português. Tiramos algumas fotos e vimos uma Dunckin Donuts para eu comer a tão famosa rosquinha pela primeira vez. De lá passamos pela prefeitura da cidade e por outras partes até chegar a ilhota que abriga vários museus e a catedral da cidade.

Essa ilhota é muito interessante e muito bonita, até mesmo com a chuva era um lugar maravilhoso. A Berlim Dom é uma igreja impressionante que tivemos a felicidade de visitar enquanto uma pessoa tocava seu gigantesco órgão. É impressionante a quantidade de detalhes e o tamanho das colunas que compõem tal local.

Saímos da igreja fomos dar uma volta por perto dos museus que já estavam fechados e fomos para casa. Chegando em casa passamos pelas proximidades para compra comida e achamos o La Romantica, um restaurante italiano que servia uma boa porção de massa a um ótimo valor e com um sabor delicioso. Compramos nossa janta e fomos para o hostel. No hostel jantamos e enquanto eu ia para o quarto aprontar as coisas e tals o Iago ficava lá embaixo jogando guittar hero.

Dia seguinte acordamos e lá estava o tempo uma grande bosta, chovendo e ventando, fazendo muito frio em pleno verão europeu. Assim resolvemos gastar nosso dia andando por dentro dos museus da ilhota que mencionei. E lá fomos para o primeiro museu o Altes Museum, onde compramos nosso passe dos museus e vimos várias estátuas e obras gregas e tals.

Do Altes partimos para o Neues Museum que apresentava várias obras egípcias de lá partimos para o Alte Nationalgalerie para ver algumas pinturas de artistas famosos e finalmente fomos para o Museu Bode onde vimos várias pinturas e esculturas barrocas bem legais, foi lá também que vimos uma imensa coleção de moedas que inclui uma moeda cunhada em ouro que vale um milhão de dólares canadenses, em homenagem a rainha inglesa. Infelizmente não fomos ao Pergamonmuseum já que o mesmo parecia estar em obras.

Saímos dos museus e resolvemos explorar outra área de Berlim, fomos ao museu Topografia do Terror, que conta a história de judeus ao redor da Europa, o crescimento do partido nazista, a ascensão de Hitler ao poder e tudo mais, sem falar do pedaço do muro de Berlim, esse sem estar pintado e tals, na sua frente.

Do topografia do terror fomos para o Checkpoint Charlie, uma porta de entrada entre a Berlim comunista e a Berlim capitalista na época do muro. A casinha de madeira continua lá, como essa era na época, com placas de entrada e saída da zona e próximo a esse local existe um museu que fala sobre esse lugar, mas que devido a seu alto valor resolvemos não entrar. Dalí pegamos um metrô e partimos para casa para comprar nosso macarrão noturno e apagar na cama.

Dia seguinte começou com o tempo pior que o dia anterior, chovendo mais, ventando mais e fazendo mais frio. Fomos para a praça que contém duas catedrais idênticas erguidas para simbolizar a paz entre França e Alemanha. Lá o frio apertou de vez e a chuva realmente incomodou, o que fez com que tivéssemos que voltar ao centro para o Iago e a Letícia comprarem um casaco a prova de água para si.

Comemos algo, e fomos para o tão famoso e falado portão de Brandenburgo, lugar legal principalmente quando vemos fotos do local durante a queda do muro, aquilo se transforma em algo sensacional. Dali fomos dar um pulo no parlamento alemão que fica ao lado, infelizmente não pudemos entrar pois não tínhamos reservado nada, mas foi possível tirar umas fotos e rir de um cara que ficou peladão naquele frio para tirar um foto nú em frente ao local.

Saímos então andando por Tiergarten até chegar a estátua dourada que se encontra no meio do mesmo. Lugar bonita, muito maneira a vista, mas precisávamos voltar para ver o monumento aos judeus que havíamos esquecido de ver. Fomos de bus para o local, já que quando se compra o bilhete do dia pode-se usar metrô, trem ou ônibus em Berlim e de lá partimos para uma zona mais central onde queríamos ver a igreja que foi afetada por bombardeios durante a segunda guerra mundial e ir ao shopping center da cidade.

Chegamos ao local, tiramos uma fotos na porta do zoo, um dos maiores do mundo, e fomos para o shopping, fomos a loja de eletrônicos, vimos uns preços, Iago jogou videogame e fomos para a rua. Entramos na loja da Adidas e depois fomos a uma loja da Nike. Nunca vi algo igual, um lojão, com várias seções dedicadas a diversos esportes, montagem do seu próprio tênis.

Saímos da loja, procuramos a igreja e enfim achamos. Infelizmente, ou felizmente, ela se encontra em reformas e esta toda cercada por andaimes e placas de aço. Fomos então para casa, comemos macarrão mais uma vez e capotamos.

No último dia enfim parou de chover mas o tempo ainda se encontrava feio. Fomos então para o estádio Olímpico de Berlim, onde ocorreu a final da copa do mundo da Alemanha e onde também o afro americano Jesse Owens ganhou 4 medalhas de ouro na olimpíadas de 1936, dentro do quintal de Hitler. Resolvemos entrar no local e pegamos um tour guiado. O estádio é fantástico e sofreu a maior reforma de um estádio na Europa onde foram gastos cerca de 300 milhões de euros, uns 700 milhões de reais. Enquanto isso o Maracanã passa pela 3 reforma em alguns anos gastando quase um bilhão e o Corinthians ganha um estádio feito com dinheiro do povo. Realmente os políticos brasileiros merecem uma salva de palma para sua incompetência e o povo uma por sua otariedade.

Mas enfim, rodamos o lugar, passamos pela tribuna, o local onde Hitler sentava e fomos parar até mesmo no vestiário que o Zidane teve que assistir a final depois de ser expulso por sua bela cabeçada no Materazzi.

Saímos do histórico estádio e fomos ao Schloss Charlottenburg, um palácio onde não entramos e resolvemos ver somente seus jardins. Jardins bonitos mas nada comparado aos jardins dos palácios de Viena ou de Versailles na França.

Do lugar resolvemos ir para a igreja Memorial do Imperador Guilherme, para vermos a mesma por dentro e ver o memorial erguido ao lado. Muito interessante a nova igreja erguida ao lado, feita com os vidros que sobraram da primeira. Pena é a igreja estar toda tapada para restaurações. Da igreja fomos finalmente para o hostel onde descansamos para acordarmos cedo e ir para o aeroporto pegar nosso avião para Estocolmo.

E assim foi, levantamos, e enfim o tempo estava ensolarado, mas tínhamos que correr. Fomos andando pela rua e pela primeira vez na vida eu vi um taxista rejeitar uma corrida e dizer que o local fica a uns 10 minutos andando e nos mostrar no mapa ainda.

Chegamos a estação de trem e ele estava lá, como tínhamos que comprar o bilhete ainda, acabamos perdendo este e pegando o próximo. Chegamos ao aeroporto e o mesmo estava meio que mais seguro que o normal. Com raio-x já na entrada para o check-in e tudo mais. Tudo correu bem, pegamos nosso vôo e fomos para Estocolmo. Chegamos a cidade eram meio dia mais ou menos, depois de pousar, pegar o ônibus até a cidade e tudo mais.

Fomos para o hostel, dessa vez ia ser tenso, 18 no mesmo quarto, e lá já pegamos informações para andar pela rua. E assim fomos, começamos pela cidade velha, passando pelo castelo, parlamente, museu Nobel, igrejas, ópera e tudo mais.

A cidade é muito linda e o tempo ensolarado ajudou muito, assim fomos rodando a cidade e aproveitando a paisagem aos poucos.

O problema na Suécia era só o dinheiro, uma garrafa de água custava em torno de 3,2 euros uns 7 reais, por uma garrafinha de água. Por isso andamos segurando a bebelança e comelança. Fomos até chegar ao museu Viking, um lugar super maneiro, que conta com uma embarcação Viking que foi resgatada de seu naufrágio em águas suecas. O navio é muito grande e muito bonito e sua história é muito maneira, resumindo ele afundou pois tinha pouco peso no fundo.

Do museu saímos e não agüentávamos mais, assim eu, Iago e Letícia fomos para o hostel enquanto o japa foi tirar outras fotos. Pegamos um tram e lá veio o outro espanto, nós não tínhamos comprado bilhete e havia um cobrador dentro do lugar, falamos em pagar lá dentro e o cara falou que estava tranqüilo. Chegamos ao ponto final ele nos disse para descer e não nos cobrou. Vai entender esse povo de país desenvolvido né.

No hostel conhecemos um brazuca americano, um rapaz que mora nos states há 21 anos e fala um bom português. Conversamos bastante com ele, adicionamos no face e vamos ver se mantemos contato.

Comemos um subway, fomos dormir e enfim chegava a hora de vir para Dublin. Na volta para casa o rapazda imigração encrencou um pouco pois estávamos viajando a maior tempo e só tínhamos o carimbo de entrada na Noruega e nada dos outros países, mas fomos tranqüilos afinal não era nossa culpa, já que por nós teríamos todos esses carimbos.

Valew galera.

Esse é o fim da viagem.

Igor Reis Moreira Mathias

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