sexta-feira, 25 de março de 2011

A Saga de Dublin – Jardim Botânico Nacional

Mais um dia e mais um dia sem internet, pois é, estou escrevendo pois sou pirracento.Não nego, to meio muito puto com essa internet. Mas putesas e putarias a parte, tudo aqui em Dublin ta sendo muito bom. O ruim é ficar sem falar com meus amigos, minha família e sem postar meus textos, tudo por causa da falta de internet.

O dia de hoje foi legal, mais uma vez utilizamos os acréscimos do juiz para entrar na primeira aula. Primeira aula esta que me da vontade de me jogar do 4° andar do prédio. Imaginem aquela sua chata aula de gramática, em português claro, multiplique por 10 e troca a opção idioma para inglês. Então é um pouco pior que isso. Vivo pescando na aula, e sempre desço e subo pelo menos uma vez aquele lance de escadas, aquelas 89 que já falei, para lavar minha cara com água fria, fria mesmo.

Hoje fomos em uma excursão, gratuita, da escola para o Jardim Botânico Nacional. O lugar é maravilhoso, várias espécies diferentes, lagos, riozinho, patos, esquilos, pombas gigantes, e flores maravilhosas. Pena que a primavera está só no começo, assim terei que voltar lá novamente quando ela estiver no pico para ver a maioria das plantas floridas.

O jardim botânico foi um ótimo lugar, até para matar um pouco a saudade de casa e nos mostrar como aqui fora damos importância aos pequenos detalhes. Foi ver uma cana de açúcar, sim aquela comum para nós ai, que eu e Bruno ficamos todo bobo, falando “essa aqui é do Brasil”, depois vi outra planta e falei “essa aqui tem no jardim de casa”. Depois dessa estufa foi a hora de ver as grandes samambaias, nem preciso falar como ficamos né, e as primeiras orquídeas.

Dessa estufa fomos rodar por um jardim na parte baixa onde avistamos o primeiro esquilo, tiramos foto, chamamos, assoviamos, relinchamos, imitamos todos os tipos de animal a fim de tentar estabelecer comunicação com o não tão comum esquilo. Nessa jardim eu tive um papo cabeça com a estátua do Sócrates e lá avistamos mais um monte de esquilos, por fim nem ligávamos de ser um esquilo.

Tiramos várias fotos, andamos, andamos e andamos um pouco mais e resolvemos ir à estufa central. Ao entrar lá, eu e Bruno achamos que estávamos no Brasil, lugar quente, úmido e cheio de plantas comuns para nós brasileiros. Enquanto isso o Tadeu procurava a entrada para o cemitério que tem atrás do jardim botânico, para conhecer o lugar. Da estufa central fomos a uma estufa menos onde finalmente achei as minhas amadas orquídeas, nem eram tantas, umas 300 no máximo, mas eu me amarrei em ver várias espécies que eu também tenho, tirei foto de toda orquídea que estava florida, expliquei o pouco que sei sobre o assunto para o Bruno e pensei comigo, “quando eu for grande quero uma estufa foda que nem essa”.

De lá íamos embora até que vimos que não tínhamos moeda para o ônibus e aqui eles não te dão troco, então ou você leva trocado, ou ganha um ticket para trocar lá na casa do carvalho. Fomos a uma lojinha e o Tadeu compro um refri achando ser Gatorade, pegamos moedas e fomos embora.

Entrei no ônibus, pedi duas passagens mas esqueci de falar para onde. Recebi dois tickets para um lugar lá, que era 20 centavos mais barato que o centro. Assim o motorista nos levou 40 cents, e nos deixou numa enrrascada, se entra um fiscal estávamos na merda. Graças a Deus nenhum entrou, mas quase entro. O pior é que dinheiro para 2 passagens de 1,65 nós tínhamos, pois tínhamos trocado 3,67, exatos 3 centavos longe dos 3,70 que precisávamos para entrar no bus sem precisar que o Tadeu tomasse refrigerante.

Do ônibus para casa, mas no meio do caminho parando no Spar para eu comprar carne, só para mim já que o Tadeu achou caro e falou que não come carne mesmo. Chegamos em casa, fomos buscar a correspondência e tivemos uma bela surpresa, estávamos sem net de novo mas nosso cartão da conta daqui, o extrato e a senha da conta pela internet tinham chegado. Alegria, amanhã podemos tirar o visto, espero não ter problemas para isso.

Fui tomar banho e quando saí o Tadeu disse, “o Curirim vem jantar aqui e está trazendo carne”, guardei a minha e esperei a dele né. Fiz arroz, cozinhei batata, brócolis, couve flor, cenoura e cogumelos, e quando o cara chego foi só fazer as coxinhas de frango. Agora vou lá jantar, já salvando esse texto e o de ontem num pen drive para postar da escola amanhã, já que to achando que essa história vai virar A Saga da Internet em Dublin.

Abraços

Igor Reis Moreira Mathias

3 comentários:

  1. Cara, ainda bem que não fui com vocês.

    Eu ia passar fome COM CERTEZA!!!! rs
    Arroz, cozinhei batata, brócolis, couve flor, cenoura e cogumelos... cade o McChicken Jr????????????????????????

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  2. Nossa essa irlanda ta fazendo milagre msm, vc comendo legumes sempre, caminhando e etc.
    acho que vou para esse Spa tbm.

    Beeijos Mãe

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