sábado, 30 de abril de 2011

A Saga de Dublin – Feijoada

Sei que já escrevi sobre esse tópico, mas hoje é diferente, a feijoada foi feita aqui em casa. Pessoal ia fazer uma feijoada na casa de um colega, mas pela nossa casa ser mais central para todo o resto acabou rolando aqui mesmo.

Acordei liguei para o japa e ele já estava em contato com nossa cozinheira Paula para começarem as compras, íamos para a casa dele, mas acabou sendo transferido para cá, como eu já disse.

Dei uma limpada a mais na cozinha e do nada chegou o Ivan e sua família aqui, situação terrível, já que eu não falo espanhol e tive que ficar fazendo sala com a irmã dele traduzindo. Por fim dei o controle remoto da televisão para o pai dele que se divertiu com os milhões de canais.

Ai logo chegaram os primeiros cozinheiros para começarmos a saga da feijoada. Descasca cebola para lá, põe panela de feijão para cá, lava arroz e coloca o caldo para engrossar. Feijoada pronta, joguei um pouco no angu que tinha sobrado de ontem, e foi o primeiro tempo de 3. Fazer 2 kg de feijão para uma feijoada foi um exagero.

Mas foi engraçado, o Pierre (francês) comeu dois ou três pratões e ainda comeu mais antes de sair, o Alex comeu e apagou no sofá. Quando contei para eles que comemos isso as vezes naquele calor de 40° ou então que a feijoada é servida quando a galera bate aquela laje, eles não acreditaram.

E hoje nem tenho muito mais o que contar, afinal depois da feijoada eu apaguei no meu quarto e acordei só para tomar banho e ver a galera ir para as baladas, enquanto eu e Bruno ficamos assistindo MTV e usando a net, a espera das lutas do Lioto e do Aldo.

Amanhã tem Flamengo e Vasco, vamos que vamos, que o bonde do mengão sem freio não pode parar.

Saudações Rubro Negras

Igor Reis Moreira Mathias

A Saga de Dublin – Fervendo Após a Festa

Hoje foi dia de faltar minha segunda aula desde que cheguei aqui, em um ato de sonambulice eu desliguei o despertador e tudo mais e acabei acordando meio dia. Assim levantei, tomei café e comecei a fazer almoço.

Estava acabando de almoçar o Victor chegou aqui em casa, para começarmos a fechar a viagem para Londres e ver as questões da viagem para o leste europeu. Depois de um tempo o resto da galera foi chegando e quando a trupe estava completa, sentamos e conseguimos fechar nossa viagem. Dia 12 de maio estou indo para a terra da rainha. Quem sabe não conheço o príncipe Harry, ajudo ele em alguma quebrada e sou convidado para o próximo casamento real. Tudo é possível nesse mundo de princesas e fadas né.

É incrível o que a Ryan air faz por aqui, preços realmente quase que gratuitos de passagem de avião. Pagamos 20 euros cada um para ir e voltar para a Inglaterra, isso porque não pegamos uma boa promoção, se não íamos para la e voltávamos com 10 euros.

Após fechar a viagem de Londres, que vai mais gente, eu, Victor e Larissa começamos a ver nossa viagem para o leste europeu. Devemos ficar uns 15 dias viajando e com isso Berlim entrou no roteiro e talvez entre uma cidade a mais de algum cantão da Europa. Do jeito que eu to querendo viajar, voltarei para o Brasil sem dinheiro para comprar uma pinga com limão que seja, mas tem que pensar que na Europa com 23 anos de idade, eu nunca mais vou estar.

Acabado os roteiros era hora de achar um lugar para curtir a sexta feira e um lugar que fosse barato de preferência. Acabou que umas amigas que estavam inaugurando uma casa, ligaram para reconfirmar o open house e então fomos brotar lá.

Foi no caminho para lá que caiu minha fixa em ver o quanto vale a pena vir estudar inglês na Europa. Estávamos indo para lá, com um grupo falando português, uns franceses fazendo biquinho na frente e no meio aquela galera desenrolando o inglês com a nossa colega alemã, sem falar nas palavras em espanhol e italiano que proferíamos uns com os outros. Isso tudo um dia depois de fazermos uma grande discussão sobre 1° e 2° guerra mundial aqui em casa. Descobrindo coisas que a história as vezes deixa de lado e tudo mais. Hoje entendo um pouco melhor o porque da Espanha não ter participado da guerra e até mesmo descobri coisas que nunca tinha sabido sobre a Itália na segunda guerra e que houveram batalhas navais na costa brasileira, de navios aliados querendo destruir os submarinos alemães que afundavam suas embarcações.

Após a festa na casa das meninas, fomos comer um podrão indiano, 2 hamburgão com duas batatas por 5 euros. Eu como adoro um frango frito acabei comendo uma sobre coxa também, já que tinha dividido os hambúrgueres e batatas com o Tadeu Sam. Difícil foi continuar comendo depois que uma tia lá sentou do nosso lado com um prato que mais parecia vomito de cachorro. Eu que não sou nojento para essas coisas levantei e fui pro lado de fora do restaurante respirar.

Voltando para casa sentimos um cheiro estranho de queimado e quando olhamos o apartamento em cima do Eddie Rockets estava pegando fogo. Ai foi a hora do povo lançar o refrão daquela musiquinha tosca que o Tadeu nos apresentou, “burning, old people burning, old people burning, put your hands up”. Logo, logo chegou um caminhão, 2, 3, 4 e no final já eram 5 caminhões de bombeiro para apagar um incêndio que os bombeiros brasileiros talvez usassem só um cuspe para apagar. Mas o mais legal foi ver a escada magirus em operação salvando o coitado do rapaz que estava “preso” no 3° andar.

Mas ai o Tadeu se irritou com a situação de ficar olhando aquilo e viemos embora para dormir, afinal amanhã é dia de feijoada.

SRN

Igor Reis Moreira Mathias

sexta-feira, 29 de abril de 2011

A Saga de Dublin – Karatê Kid

Hoje resolvi que não começo mais meus textos falando se fui ou não na aula. A regra é, estou aqui para estudar. Então ir na aula é obrigação.

Hoje era dia de Jameson Destillery, lugar que achei mais maneiro que a fábrica da Guinness. Durante todo o período que estivemos na fábrica nós tivemos um guia que nos explicava todo o processo de produção e tudo mais.

No meio da apresentação, o guia pediu por voluntários para diferenciar o Jameson, frente ao Red Label e ao Jack Daniels. Logicamente eu me ofereci e fui contemplado com a oportunidade de tomar uma dose de cada um dos três, além da dose de Jameson que nós ganhamos normalmente ao visitar o local.

No fim fomos para a degustação dos 3 uísques e realmente, o Jameson parecia melhor que os outros, mais suave, mais adocicado, diferente mas gostoso. Depois da degustação ainda “ganhamos” 2 copos maneirassos da marca irlandesa.

Da fábrica da Jameson uma galera veio aqui para casa. Afinal ontem começamos a traçar algumas da viagens que faremos aqui pelo velho continente. Olhamos vários hostels, preços de passagens e decidimos que vamos para Londres e Liverpool em maio e leste europeu em junho. Mas como começou a chegar maior galera aqui em casa nós resolvemos nos encontrar amanhã para fechar tudo.

Desliguei o PC e resolvi guardar no quarto, afinal já tinha virado balada a sala aqui de casa. A galera ia aparecendo, trazendo cerveja e até que ficou bem maneiro aqui. Até uma hora que eu sai da sala para ir no meu quarto e quando cheguei lá escutei maior falação, voltei para ver o que estava a ocorrer e vi o pessoal segurando o Tadeu de um lado e um outro rapaz do outro. Parece que houve um desentendimento por conta de uma cerveja e o coitado do Tadeu caiu no meio da parada de pára-quedas. Ele só estava no lugar errado, na hora errada, com a cerveja errada. Por um minuto achei que íamos ver nosso nobre Tadeu Sam virando um verdadeiro Karatê Kid. Ainda bem que não aconteceu nada e foram só palavras, até porque o outro cara dava dois do Tadeu.

Mas está tudo tranqüilo, não passou de um mal entendido e acho que agora está tudo de boa, pessoal da mesma escola, mesmo grupo de conhecidos. Cerveja é foda e as vezes pode acabar gerando essas coisas. Mas acredito que está tudo tranqüilo agora.

Agora é esperar a próxima festa, agora que os moleques estão planejando um próximo grande evento, “Like an Animal” .

É isso ai, saudações rubro negras e Willians é melhor do que Messi.

Igor Reis Moreira Mathias

quarta-feira, 27 de abril de 2011

A Saga de Dublin – Visa e Caixa que não me deixam usar meu dinheiro

Mais um dia de aula, mais um dia de sono profundo durante a aula. Difícil permanecer acordado em algumas aulas de gramática, principalmente quando se trata das condicionais. Hoje fui sozinho e o Bruno me encontrou praticamente na porta da escola, como sempre, sou o último a acordar e o primeiro a ficar pronto. Hoje resolvi não esperar ninguém, porque depois eles saem acelerando igual locos na rua e eu tenho que acompanhar, mas sou gordo e para gordo andar rápido é mais difícil né.

No fim da aula paguei a excursão amanhã para Jameson Destillery e eu e Tadeu fomos olhar uns brechós. É época de comprar roupa de frio nas liquidações e nos brechós aqui. Só que como em todo lugar do mundo, é mais fácil achar roupa para mulher nesses lugares. Mesmo assim achei coisas interessantes, casacões a 5, 8 euros. Rodamos por algumas lojas de 1.99 também e acabamos comprando um cabo para passar jogo para a TV, mas que não funcionou.

Em casa o Alex fez macarrão com camarão e creme de leite para nós, delicioso. Durante o caminho para casa tentei inúmeras vezes sacar dinheiro do meu cartão de crédito mas nada. Liguei para casa no Brasil e pedi ajuda, já que não consegui ligar para a operadora daqui de jeito nenhum. Fui dormir e acordei para resolver esse embaraço em solo irlandês.

É impressionante como os caras as vezes querem controlar seu consumo, acho que eles ainda não entenderam que o dinheiro é nosso e temos o direito de usar quando quisermos. Falei com meu pai e ele disse ter ligado para lá, eram 9e30 da noite aqui, ainda havia traços de claridade no céu, fui no ATM mais próximo e nada. A mulher havia falado que estava tudo certo mas nada, não consegui sacar novamente.

Fiz uma lista com todas as cidades que pretendo visitar, para amanhã resolver com um pessoal ai, um mochilão para o leste europeu.

Agora é espera amanhã para tentar sacar novamente.

Igor Reis Moreira Mathias

terça-feira, 26 de abril de 2011

Mais um dia de aula, como todos os outros. Deveres, palavras novas e aquele sono gigante.

Fim da aula fomos mais uma vez rodar a Grafton atrás de uma boa liquidação. Olhei botina em vários lugares, mas o preço não me agradava.

Fomos a Zara e a HM e sempre que eu achava algo que me agradava, a parada não servia. Fiquei feliz que pelo menos não era somente o fato de ser gordo, mas também por ter ombros largos, o que impossibilitava a compra de alguns itens.

Fim da história, rodamos, rodamos e não compramos nada. Passamos em um caixa e viemos para casa. O Bruno ficou cozinhando, eu e Ivan fomos comprar comida. No caminho vi algumas botinas mas preferi experimentar somente na volta.

Compramos os faltantes, queijo, leite, pão, etc. Voltamos lotados e resolvi experimentar algumas botinas. Achei umas legais num bom preço, mas quando experimentei, senti algo pior que a botina que eu usava na CSN. Na dúvida preferi não comprar.

Viemos para casa e o Bruno já estava com o almoço quase pronto. Comemos e eu resolvi raspar minha cabeça, mas quando dei a primeira passada da máquina no meu cabelo, a máquina parou. Esqueci que aqui as coisas são 220 volts e não 110 como no Brasil. Assim tive que ligar para o salão de brasileiros aqui perto e queimar meu voucher. Marquei as 6 e lá fui. Raspei e por fim não paguei nada, o corte era 10 euros e meu voucher cobria exatamente esse valor.

Voltei para casa e resolvi fazer pastel para o pessoal aqui de casa. Ganhei uma massa de pastel do meu amigo Curirim, que também me fez o favor de criar uma das melhores expressões que já escutei. Segundo ele saudade e pastel não tem tradução para outras línguas, assim sendo, só nós sentimos saudades do pastel.

Não foi lá aquele pastel da feira mas até que o cheddar deu pro gasto. Pessoal comeu e gostou, pena que a massa acabou.

Agora é hora de partir para a cama e ver um filme, afinal ta frio demais aqui hoje.

Igor Reis Moreira Mathias

segunda-feira, 25 de abril de 2011

A Saga de Dublin – Galway, Cliffs e Cork

Enfim chegou sábado, acordamos cedo, mas por não conhecer a cidade e por não saber dirigir nessa contra-mão. Demoramos uns 20 minutos para fazer o percurso que fazemos em 15 a pé.

Chegando lá fomos puxar o bonde dos dois carros. Nós na frente já que eu estava de co-piloto e operando o mapa, função que cumpri muito bem por sinal.

Partimos em direção a Galway, cidade litorânea, pequena mas muito legal. Lá em alguns lugares você até pode, ou não pode mas bebem, na rua. Galway foi a cidade onde ficamos mais perdidos, afinal nosso hostel, que mais parecia um pulgueiro de quinta. Fomos para lá numa boa rodovia, espécie de Dutra mas muito mais tranqüila. Por incrível que pareça fomos respeitando o limite de 120 km/h, afinal aqui não é o Brasil e não sei como as coisas funcionam.

Chegando em Galway fomos fazer check in e logo procuramos um lugar para almoçar, afinal estávamos famintos. Tadeu, Alex e Renato foram para um lugar mais sofisticado, enquanto eu, Bruno e o resto da galera partimos para um fast food comer batata com molho de alho e queijo. No meu caso eu comi frango com batata mesmo.

Havíamos combinado de nos encontrar no carro as 4:40 da tarde. Fomos à orla onde vimos alguns cisnes no mar e então resolvemos retornar ao carro, afinal havíamos combinado horário e tínhamos que colocar mais parquímetro. Como esperado os meninos não estavam lá, compramos os tickets, deixamos preso no limpa vidro e fomos
Então fomos a catedral da cidade. A catedral era linda e o riacho do lado mais ainda, lugar onde encontramos uns patos pousando em meio a cones dentro dágua e um cisne que tentava nos bicar enquanto tirávamos foto com ele.

Após encontrar os meninos, fomos à orla novamente, mas do outro lado agora, onde ficamos tomando cerveja na rua, com medo da policia aparecer, e tirando foto dos cisnes no mar. De lá, morrendo de frio e com vontade de liberar a cerveja ingerida, fomos para o hostel tomar banho e nos aprontar para a noite.

Enrolamos demais para sair de casa e quando saímos acabamos indo para um pub hiper lotado, como eu odeio espaço confinado, meti o pé para casa, afinal íamos acordar cedo no dia seguinte e eu precisava dormir.

No dia seguinte acordamos e fomos em direção aos Cliffs, mais uma vez na co-pilotagem do carro da frente. Mas foi quando no meio do caminho vimos e fomos visitar o primeiro castelo em terras irlandesas. Era mais uma casa grande feita de pedra do que um castelo, mas paramos tiramos fotos e lógico, exibimos nossas bandeiras do Brasil e do Flamengo.

Entramos nos carros e pegamos estrado novamente, quando resolvemos parar em um lugar para comer e tomar um café. Lugar que encontramos o Garfield, ou o irmão dele. Um gato gigante de gordo e que mais parecia um monumento da cidade, pois todo mundo dava comida para ele e o acariciava.

Enfim de volta a estrada para ir em direção aos Cliffs, meio complicado de achar, afinal não é sempre que tem placas indicando o caminho, mas eu com meu mapa e meu motorista fomos que fomos e conseguimos chegar, apesar de alguns acharem que estávamos perdidos, assim como eu mesmo achei em algumas horas.

Chegando nos Cliffs o tempo não estava tão legal, mas logo logo abriu aquele sol e pudemos desfrutar do lugar mais lindo que já vi em minha vida. Não é atoa que os Cliffs ganharam na votação e estão entre as 7 maravilhas naturais da terra, assim como o Cristo ganhou para as maravilhas do mundo moderno. O lugar é impressionante, e apesar de muitos acharem que são só paredões de pedra, a cada andada você tem uma vista diferente, descobre mais um pedaço, vê mais um pasto recheado de vacas obesas ou até mesmo um lago, formado pela chuva, no alto do lugar e após subir mais um pouco dar de cara com um pasto todo florido de flores brancas e amarelas, que formavam um tapete de frente para outros paredões.

Nesse lugar eu sentei, olhei para frente e tive uma das imagens mais lindas da minha vida. Foi então que resolvi rezar e agradecer a Deus por me dar a oportunidade de ver tal lugar e de ter feito o mesmo. Logo depois, muito emocionado, foi hora de ligar para as duas pessoas que me proporcionaram tal vista e tal emoção, meus pais. Liguei para casa e falei com meu pai, agradeci a ele e a minha mãe por tudo que eles vem me proporcionando, e falei para eles virem ver o que eu pude ver.

Após os meninos chegarem onde eu estava, resolvemos voltar, afinal já não era tão cedo e andaríamos por mais muito tempo para chegar até a ultima ponta do lugar. Foi ai que fomos a torre que existe no lugar, onde eu, Tadeu e Alex penduramos mais uma vez as bandeiras do Brasil e do Flamengo para que todos pudessem ver.

Depois disso fomos ao centro de informação onde vimos alguns vídeos, fotos e dados sobre o lugar. Na hora de ir para Cork eu resolvi tentar a sorte e dirigir o carro. Dirigi por uns 4km, até pararmos em um lugar para tentar comer, onde eu devolvi o carro as mãos do italiano, afinal ele já estava mais acostumado e eu precisava ser o GPS da viagem. Muito legal dirigir do lado contrário, você bate as mãos na porta do carro tentando passar a marcha a direita, você quase sempre olha para o lado errado do cruzamento, entra numas contramãos e não tem noção nenhuma de espaço do lado esquerdo do carro.

Entramos novamente em nosso Fiat Bravo, passamos do lado de algumas praias e fomos para Cork. Demos uma voltinhas a mais, mas encontramos o hostel bem mais tranquilamente do que em Galway. Fizemos check in, cada um foi para seu respectivo quarto, tomamos banho e fomos tomar uma cerveja no saguão, onde pagamos internet e conseguimos assistir, ou tentamos, o fim do jogo do Fla. Eu juro que não estava nervoso, mas após uma provocações recebidas aqui e ver o jogo travando pela internet eu fiquei muito nervoso. Era tanta tensão na mesa que uma lata voou sozinha e caiu no chão. Todos cismaram que culpa era minha, mas eu apostei, se o vídeo do hostel provasse que eu tinha socado a mesa, eu pagava um pint para todo mundo.

Começamos a ver os pênaltis e ai acabou o tempo, compramos mais, mas ai a internet que era uma merda resolveu parar. Vimos o Renato perder o pênalti e quando o Galhardo bateu, travou de vez e não conseguíamos saber se a bola tinha entrado ou não. Apertamos o F5 incessantemente em todos os sites possíveis e nada, foi quando uns 5 minutos depois o Bruno conseguiu ver que havíamos ganhado dos fregueses e aí era hora de ligar para algumas pessoas, que nem atenderam mais minhas ligações. Aliás um abraço aos tricolores que nem com gol irregular ridículo conseguiram parar o bonde sem freio.

Falando em bonde sem freio, apresentamos a música ao Alex e rodamos um tempo com ela no talo no carro aqui em Dublin.

Pedimos umas pizzas, comemos e fomos dormir. Acordamos cedo fomos procurar um lugar para comer a acabamos tomando café irlandês hoje, com direito a ovo, bacon, lingüiça e pão. De onde partimos para a longa caminhado ruma a prisão de Cork.

Lugar legal, onde preferimos pedir o áudio do guia em inglês, rodamos pelo lugar e deu até mesmo para sentir como tenebroso devia habitar aquilo lá nos séculos XIX e XX. De lá descemos a ladeira e fomos para o parque da cidade de Cork, de onde resolvemos voltar para o hostel, pegar o carro e ir visitar alguns castelos. Foi onde a moça da recepção no indicou que visitássemos primeiro o Blarney Castle, pertinho de Cork e tão bom que nem conseguimos ir visitar o outro, pois ficamos muito tempo lá.

Lugar maneiro, ar medieval, grande e até meio macabro. Jardins lindos, mansão maneira e uma pedra que todos beijam. Eu não beijei afinal ela fica no último andar o castelo e você tem que deitar de costas no chão, um rapaz de segura e você beija a pedra olhando para o chão lá em baixo, coisa demais para meu medo de altura. Subimos todos seus mais de 100 degraus, fomos ao jardim das plantas venenosas, subimos na árvores gigantes, vimos a mansão as cachoeiras do Tadeu e partimos rumo a casa, ou tentamos, já que ficamos um tempo para resolver o que faríamos e acabamos decidindo em nos dividir, o carro com o povo daqui indo para Cork e o outro ficando no castelo para fazer um lanche curtindo o visual.

Fomos para Cork, comemos, bebemos, colocamos gasolina e pegamos a estrada, difícil agüentar vir acordado, mas assim que teve que ser, afinal o Alex estava cansado e eu não podia deixá-lo sozinho. Conversamos sobre várias coisas, traduzi vários pagodes e até mesmo o samba da Viradouro deste ano para ele, e enfim a tropa acordou quando paramos para abastecer em uma cidade no meio do caminho.

Chegamos em Dublin, deixamos o Renato na estação do LUAS e viemos para casa. Foi o tempo de chegar, tomar um banho, postar as fotos e escrever.

Agora são meia noite e preciso dormir, afinal temos aula amanha e será difícil me manter acordado.

Abração

Igor Reis Moreira Mathias

sexta-feira, 22 de abril de 2011

A Saga de Dublin – Macarronada e Direção

Hoje era dia de pegar o carro que locamos e dia de fazer a macarronada do Alex, como combinado com o pessoal da viagem.

Acordei, acordei a galera, tentei adiantar, mas não deu, mais uma vez chegamos atrasados, hoje com uma pequena diferença de algumas horas para o horário combinado. Também era esperado, fomos a festa de aniversário de uma colega ontem onde também foi festa de despedida de nossa colega italiana. Bebemos nossa cerveja, a da casa, o vinho e por fim, quando não havia ninguém da casa na sala, comemos a azeitona, os queijos, pão e até atum.

Por conta dessa festa acordamos tarde, o que atrasou nossa macarronada. Enquanto Tadeu, Cláudia e Alex iam buscar o carro, eu encontrei com o resto de uma galera e fui para o mercado comprar os ingredientes para fazer a macarronada.

Chegamos na casa do Victor, esperamos, esperamos, esperamos e nada do Tadeu e o nosso Cheff Italiano, Alex, chegarem. Enfim, lá pelas 5h da tarde chegou a tropa. Até o Ivan que não tinha dormido em casa apareceu lá.

Foi ai que o macarrão começou a fazer nossa macarronada, deliciosa pasta ao molho vermelho com gorgonzola. Após o Alex fazer 2kg de macarrão eu assumi a dianteira para continuar os trabalho e fazer um macarrão mais a brasileira, mais cozido e menos salgado, mas com os mesmos ingredientes. Pessoal elogiou até, mas o macarrão do italiano estava melhor que o meu.

Após comermos bem demais, tomando um vinho tinto e um branco, ficamos sentados na cozinha ouvindo uma boa música. Escutamos desde um reggae tocado por Bob Marley finalizando com boa música brasileira, Cazuza, Chico, Geraldo Vandré, Elis e até mesmo Jorge Murad.

Falamos de nossas saudades, das comidas, dos lugares e ouvimos um importante relado da Marta, a espanhola, falando que hoje tem um pensamento totalmente diferente do Brasil por conta de ter conhecido melhor os brasileiros. Continuamos a conversa, começamos a programar um próximo encontro para comer comida brasileira de todo tipo e ficamos um tempo a mais conversando.

Por fim pegamos nosso carro e viemos para casa, pela primeira vez na vida andei no banco esquerdo da frente e não dirigi. Estranho demais, ficamos meio perdidos nas ruas de Dublin e finalmente chegamos em casa.

O grande problema é que aqui, em quase toda a cidade tem parquímetro, igualzinho esse de Volta Redonda, com aquela maquininha e tudo mais. A diferença é lógico é o preço, 2.9 euros por hora, e aqui do lado de casa, de segunda a sábado o parquímetro rola de 7 as 19h. Assim hoje a noite, tivemos que colocar dinheiro para a penga da bagaça de amanhã cedo.

Nossa viagem não ficou tão barata, mas por fim vai valer a pena, afinal nunca mais terei uma oportunidade de estar na Europa com 23 anos na minha vida.

Vamos amanhã as 10h rumo a Galway e domingo a noite vamos para Cork. Espero poder pegar um bom tempo nos Cliffs e tudo mais. Agora vou lá, arrumar as malas e lógico, colocar minha camisa recém comprada do Brasil. Afinal sou brasileiro com muito orgulho.

Fui galera e espero no próximo texto explicar qual a sensação de dirigir na mão errada pelo lado errado.

Igor Reis Moreira Mathias

quinta-feira, 21 de abril de 2011

A Saga de Dublin – Fechando Programação da Páscoa

Hoje era dia de fechar a programação do feriado. Estava tudo meio combinado mas acabamos fechando somente hoje. Locamos um carro em Dun Laoghaire, 20 minutos aqui de casa, de carro, segundo o Google. Lá o carro era metade do preço daqui.

Amanhã vamos almoçar com uma galera da viagem e combinar os horários e se der tempo, eu e dois colegas devemos fechar umas viagens para Maio, Junho e Julho. Vamos ver tudo depende do valor das paradas.

Nosso roteiro do fim de semana é ir para Galway no sábado, dormiremos lá, visitaremos algumas coisas, entre elas os Cliffs of Moher. Domingo a tarde partimos para Cork, onde dormiremos e voltamos para Dublin na segunda a tarde. Problema é que fim de semana que vem, temos feriado no fim de semana, dia 1° de maio, mas aqui quando o feriado cai no fim de semana eles jogam para segunda-feira, afinal não é justo perder os feriados.

Se tem uma coisa que aprendi aqui é, arrumou companhia para viajar, vai. Nada de esperar todo mundo, afinal muita gente te esquece quando é conveniente e muitos enrolam demais na hora da compra.

Hoje vamos a uma despedida de uma amiga italiana que está voltando para Milan e nesse mesmo lugar vamos comemorar o aniversário de outra colega nossa. Amanhã almoço italiano, com direito a macarrão ao molho vermelho e gorgonzola.

Falando em almoço, hoje resolvi fazer uma experiência para ver se valia a pena. Fui no mercadinho brasileiro comprar carne, por incrível que pareça é mais barato do que nos mercados convencionais. Comprei um picanha, que depois cortei em bifes, 1.2kg, dá para nós cinco comermos 3 vezes, e uma lingüiças, muito mais parecida com a nossa do que essa bosta de lingüiça irlandesa que parece vir envolvida numa espécie de camisinha, que paguei 3 euros o kilo e da para comermos 3 vezes também. Se eu fosse comprar essas coisas no mercado tava perdido, já que o kg da picanha foi 7.9 euros e uma carne mais ou menos no mercado está 12 barão.

Agora vou nessa, fechar essa janela da sala porque tá frio já, sol se pôs, está começando a anoitecer e o frio aumentando.

Abraços

Igor Reis Moreira Mathias

quarta-feira, 20 de abril de 2011

A Saga de Dublin – Reunião em Casa

Hoje foi dia de aula, pelo menos para metade mais um da casa. Eu, Ivan e Bruno fomos para a aula. E pela primeira vez aqui, para a primeira aula numa quarta-feira.

Hoje resolvemos passar na Grafton que está toda em liquidação para olhar preços de roupa de inverno, sim agora, já que vamos ficar aqui até o fim do ano e é melhor pagar preço de liquidação do que preço normal.

Olhamos no St Stephen’s Shopping em uma trauletada de lojas e acabamos não comprando nada. Por fim fomos para a loja de 2 euros comprar desinfetante, um cesto para eu colocar roupa suja, máquina de aparar barba e um esfregão com desenho de zebra, para combinar com nossa pazinha né.

Viemos para casa e fizemos nosso almoço brasileiro, com salada, arroz, feijão, lingüiça e farofa. A farofa deu uma queimadinha, afinal essa bosta de fogão elétrico mantém a parada quente por um tempo, eu coloquei a panela com farinha lá só para adiantar e acabo dando uma queimadinha.

Após isto dei uma cochilada no chão da sala, quando por fim chegaram Alex e Ivan e ai chamei todos para uma reunião. Algumas coisas estavam me irritando na casa, assim como algumas coisas minhas estavam irritando outros. Por fim chegamos a um meio termo, onde eu, Bruno e Alex não lavamos louça de janta e almoço, pois nós cozinhamos. Assim Tadeu e Ivan lavam essas louças e cada um lava sua louça de café da manhã e lanches.

Melhor, assim eu paro de estressar os outros e os outros param de me estressar. Ao acabar a reunião nos ligaram para que alugássemos um carro, quase tudo certo, carro reservado, só falta hostel, vamos para Galway e Cork, na Irlanda mesmo.

Agora vamos sair de casa e vamos ver Barça e Real em algum pub com o Ivan que é torcedor do Real Madrid.

Vou me nessa, com casaco do Brasil e camisa do Mengão.

Que vença o melhor

Igor Reis Moreira Mathias

terça-feira, 19 de abril de 2011

A Saga de Dublin – Dia na Outlet

Dia de aula, eu e Bruno fomos juntos e chegamos um pouco antes da rapaziada que atrasou para sair de casa, mas que também conseguiram chegar na primeira aula. Hoje era dia de viagem pela escola até Kildare Village Outlets Shopping. Viagem mais lotada que eu já vi da escola, tinha ate lista de espera, modéstia a parte eu que fui o promoter.

Entramos no busão e partimos para o lugar. Chegamos e fomos recebidos com cartões de VIP por um dia, só por um dia mesmo. O lugar até que tinha uma paradas nuns preços legais, mas não dava para comprar tudo né. Chegamos meio tímidos e demoramos a gastar nossos primeiros euros. Fomos direto para a loja da Polo, onde uma camisa pólo custava 45 euros, não era caro se eu convertesse o valor, mas para aqui até que não era barato. Passamos pela La Coste que tinha camisas no mesmo preço, Reebook, Quicksilver, uma marca japa, CK, DKNY, e enfim chegamos à loja da Nike, onde eu gastei os primeiros trocados. Achei uma camisa da seleção brasileira, modelo anterior a esse atual, graças a Deus, por 35 euros segundo a etiqueta, mas que acabou passando por 17,50, mais um casaco da seleção por 21 e uma camisa do Manchester por 17,50, ao fim ainda ganhei 10% de desconto sobre tudo pois eu tinha o cartão vip por um dia.

De lá passamos numa loja que vendia roupa para esquimós, lógico que os preços estavam meio altos, afinal eram roupas para um frio do fim do mundo. Passamos pela Tommy e estava fraco lá, fomos a Levy’s e acabamos comprando nada também. Na volta para a entrada ia comprar uma bolsa numa loja mas a minha amiga italiana disse que na DKNY era melhor, achei uma bolsa maneirassa e liguei para minha mãe que aprovou a compra. De lá fui na CK onde comprei duas carteiras, uma para mim e uma para meu pai, só falta decidir qual é de quem e por fim fui ao lugar que motivou minha viagem, a loja de óculos.

Olhei, olhei e olhei. O Bruno reclamou, reclamou e resmungou. Por fim soltei aquele, bosta de óculos, o atendente que era brasileiro me chamou e perguntou se eu queria algo em especial, falei que gostaria de ver alguns Oakleys ou Ray Bans. Ele acabou me mostrando alguns Oakleys que tinham chegado hoje e eu acabei ficando com um lindo óculos vermelho e preto.

De lá viemos para Dublin onde iríamos na Diceys, missão abortada, pelo menos para mim, que estava com aquelas calças de professor de educação física e eles só aceitam que entrem de jeans ou algo assim.

Vim para casa, tomei um susto mas consegui entender o que estava ocorrendo, falei com minha mãe, mostrei as compras e agora era hora de escrever.

Agora vou lá, pos acho que amanhã será a primeira vez que vejo a primeira aula de quarta.
Valew

Igor Reis Moreira Mathias

segunda-feira, 18 de abril de 2011

A Saga de Dublin – Via Sacra pelos Mercados Brasileiros

Hoje foi mais um dia de aula, diferentemente de outras segundas-feiras, nenhum aluno novo na minha sala, mas como outros dias só eu e Bruno fomos para a primeira aula.

Da escola resolvemos sair a procura de produtos brasileiros, afinal com a picanha a 7,90 o kilo, eu não vou comprar carne irlandesa né. Além disso estávamos procurando feijão, arroz igual o do Brasil e sal refinado. Estava difícil cozinhar arroz do Suriname, que demora muito mais para cozinhar, como sal granulado.

E lá fomos nós, primeiro no mercadinho da Grafton, depois no do Temple bar, onde passamos pela Cecília Street. Ao ver que não acharíamos aqui por perto, fomos lá na Parnell Street comprar o que queríamos. Lógico, como lei, passamos na porta da Penneys, paramos para algumas comprinhas, eu acabei comprando tênis e óculos para minha irmã e camisas e óculos para meu irmão. Além de algumas camisas para mim, afinal estava 3 euros as camisas e alguns óculos a 1,50.

Resolvemos ir na Cherrys, eu e Bruno, enquanto o Tadeu levava 2 horas para experimentar uma calça jeans. Loja legal, mas só tem roupa para tiozão e tiazona da grana, só pros magnata europeu. Só marca foda a preços realmente acessíveis para nós aqui. Falei com o Bruno, vamos embora antes que nos de a louca e compremos algo.

Voltamos para casa, mas lógico antes o Bruno tinha que achar um cabeleireiro, difícil agradar o rapaz. Ou o preço tava caro, ou o cara podia cortar demais o cabelo dele. Quando achamos um corte a 5 euros ele desistiu, chegou sentar na cadeira da mulher lá, mas desistiu porque para ser a 5 ela teria que meter a máquina na parte de traz da cabeça dele. Ai fizemos aquela cara de paisagem e saímos.

Voltamos para casa e paramos para comprar os faltantes, saco de lixo, papel para cozinha e sal refinado. Em casa preparamos aquele almoço/jantar, Bruno com arroz e feijão brasileiros com sal refinado e eu com frango e salada. Ficou muito bom, apesar de o Bruno reclamar dessa vez que o arroz cozinhou rápido demais. Isso porque ele reclamava antes que o arroz demorava muito. Vai entender né, o próprio Alex estava zoando o Bruno. Quando o Bruno disse que queria outro sal o Alex respondeu, já sei, agora você quer um sal mais doce né, e todos nós fomos as gargalhadas.

Ai para terminar o dia sentamos no sofá, fiz homework e ia escrever nos cartões postais, mas isso fica para outro dia. Assistimos várias playlists da MTV e de um outro canal aqui, com direito a seção romântica e tudo mais. Estávamos tão amarrados aqui na TV e internet que eu esqueci a capinha da escova de dente, que eu tinha colocado na água para ferver, derreter na panela e infestar a casa com aquele mal cheiro de borracha queimada.

Mas é isso ai, amanha viagem da escola para OutLet, modéstia parte a mais cheia da escola até agora, porque eu que fiz o convite ao pessoal né e eu pedi pela viagem.

See ya

Igor Reis Moreira Mathias

domingo, 17 de abril de 2011

A Saga de Dublin – Almoço de Cheff, Janta de Universitário

E lá se foi mais um dia aqui na ilha esmeraldina. E como na semana passada comemos igual uns cavalos no cio, tivemos que voltar no mercado hoje para fazer compras.

Mais uma vez, três carinhos lotados até o talo, com macarrão, macarrão, macarrão e molho de tomate. Compramos também algumas verduras, suco, bastante queijo, e o tão sonhado manjericão. O Alex quase chorou de emoção ao ver um pé de manjericão para ele comprar.

Fomos em 6 dessa vez, já que nosso agregado, Pierre o francês, foi conosco e nos ajudou a trazer as coisas para casa. A conta deu de novo na casa dos 140 euros, nada mal para o que temos comido, o Alex é realmente um bom cozinheiro. Mas no fim quem se da mal é sempre o gordinho. E como sempre eu carreguei nas costas a sacola mais pesada, com todos os leites e enlatados possíveis.

Chegando em casa foi hora de entrar na internet, conversar com um pessoal e tomar um vinho enquanto o italiano botava a mão na massa. Almoço pronto, ou pelo menos o primeiro prato, penne com gorgonzola ao molho vermelho, confesso que por ter o gosto de gorgonzola mais acentuado, eu prefiro o do Pomps. Logo depois do primeiro prato veio o segundo, uma espécie de salada, mas com cogumelos, tomate, cebola e carne moída, gostoso também, apesar de diferente. Calma gente lógico que eu tirei os tomates e as cebolas antes de comer.

Almoço feito, fui passar aspirador na casa enquanto o Bruno lavava o banheiro. Estressado como eu estava, resolvi vir para meu quarto me trancafiar no local que eu teria sossego e paz. Ao passar o tempo chegou o jogo do Fla, que eu não consegui assistir, como estou naqueles meus dias de estresse voltei para meu quarto e fiquei ouvindo os lances, como o pênalti perdido pelo Ronaldinho.

Depois do jogo hora de falar com o pessoal e na hora que bateu a fome fui para a cozinha. Alex, Bruno e Tadeu estavam saindo, indo em algum lugar, eu preferi ficar em casa poupando dinheiro e fazendo aquele miojão com sardinha, manjericão e o restinho do gorgonzola que o Alex falou para eu matar.

Agora é tampar as vasilhas de feijão, colocar no freezer e ir para a cama, afinal amanhã começa mais uma semana de aula.

Fuis

Igor Reis Moreira Mathias

A Saga de Dublin – Churrasco Brasileiro

O dia começou e lá fomos nós, 5 homens numa casa, mas pareciam 5 meninas, ao menos 2h de espera até todos ficarem prontos para ir para o churrasco.

Uns colegas alugaram um apartamento aqui em Dublin e lá tem uma áreazinha verde, nada que se compare a Área de Lazer Diretoria, mas muito maneiro para começarmos os trabalhos por aqui. Na falta de freezer, cones de cabeça para baixo cheio de gelo, churrasqueira de bafo e carne irlandesa com corte brasileiro. Problema foi comprar carne sexta né, chegar no mercado brasileiro e ver uma “picanha” de 2,5 kg, pensei comigo, deve ser picanha de elefante né, meu avô sempre disse, picanha é de 1kg, 1,5 kg no máximo. Ai então compramos costela, maminha, alcatra, linguiça e uma picanha menorzinha lá, no final ficou tudo ótimo.

Acabei assumindo a churrasqueira, sem trocadilhos, eu com o manto sagrado fazendo churrasco até que ficou bom. Alessandro disse que era a melhor carne da vida dele, mas falei para ele que quando ele for na minha casa no Brasil, ai ele vai ver o que é carne de verdade. Mas como sempre o melhor vem no fim né, após desovar toda carne, e uma coxas de frango para o Abdula e pro Russein, uns caras da Arábia Saudita, colocamos uma costelona sem osso para assar.

A costela ficou umas 2h no bafo mais ou menos, não estava no ponto certo, mas o sol estava se pondo, 8h da noite, e a galera estava igual urubu em volta da carne já. Ai comecei a cortar a costela, distribuindo entre a galera. Sucesso, aprovada pela crítica de cozinha internacional, espanhóis, italiano, sauditas, brasileiros e franceses. Já até combinamos de faze uma próxima qualquer dia.

Do churrasco todo mundo veio aqui para casa, ver Barcelona e Real Madrid, afinal disseram que tínhamos todos os canais do mundo. Chegando em casa, descobrimos que assim como no Brasil, quando é clássico você fica na mão, ou paga a mais ou não vê. Uns 3 canais passavam Milan e Sampdoria, se não me engano, mas nenhum lugar falava do Real. Foi ai que o Tadeu entrou em cena, colocou o jogo para passar no PC dele e ficamos lá vendo o clássico que terminou empatado para a tristeza do Ivan, que tinha apostado nas casas de aposta 9 euros na vitória do Real e 1 euro na vitória por 5 a 0 do mesmo.

Depois foi hora de ficarmos assistindo WEC e UFC, meu pai e meu irmão que iam adorar, tem um canal que passa reprises de eventos anteriores, preparações para os que virão e tals. Depois foi hora do canal mais assistido aqui de casa, MTV hits alguma coisa, ligamos a TV colocamos nesse canal e ficamos conversando e vendo os hits. Eu e Bruno somente, já que Tadeu, Ivan e Alessandro foram para uma festa do chapéu que uma koreana, que chamamos de MK (Mortal Kombat), chamou os caras.

Dia foi corrido e acabei não postando o texto, mas ai agora de manha vim fazer isso. Todos em seus devidos computadores sentados na sala escutando diversas músicas em diversas línguas e de todos os estilos diferentes. Acho que vou lançar o sertanejo no ouvido do povo.

Vou lá, hoje o dia é de faxina e compras no mercado. Além de ser dia de começar o tratamento intensivo contra minha gripe, novamente.

Bjundas e Abracetas

Igor Reis Moreira Mathias

sexta-feira, 15 de abril de 2011

A Saga de Dublin – PUB Quiz e dia pacato

Como era de se esperar lá estávamos nós em mais uma atividade promovida pela escola. Chegamos em 6 e tivemos que nos dividir em 2 equipes. Os Maricones, compostos por eu, Ivan, Tadeu e Pierre, com Bruno e Alessandro indo integrar os Smurfss, se bem me lembro.

Chegamos no PUB e a primeira boa surpresa, BRAHMA, isso mesmo, a número 1 sendo vendida ali pertinho de nós. Pena que aqui era Brahma Premium Lager, aquelas mais levinhas e não a nossa tradicional Pilsen. Mas valeu a pena, ainda mais pelo fato de apresentar mais essa iguaria aos europeus né.

Quiz começou e lá fomos nós, 4 rodadas, onde Os Maricones ficaram em 2 até a última rodada e os Smurffs alternando entre a 4° e a 2° colocação. Pena foi a última pergunta do quiz, a mais importante, valendo 12 pontos, mais pontos que a primeira rodada para vocês terem idéia. E lá fomos nós, depois de acertar o ano de nascimento de Justin Bibier, Laddy Gaga como a pessoa mais googleada do mundo em 2010, pai do Obama como queniano, Mc N Roi como jogador de golf e dezenas de outras coisas, nos deparamos com a falta de conhecimento do seriado Friends. Isso mesmo, tínhamos que saber o nome dos 6t principais personagens e os nomes dos atores que faziam estes. Eu como nunca vi a série, chutei, Loxa, Miro, Inês, Mário, Alex e Toka.

Fim do quiz, ficamos em terceiro lugar, ganhamos umas balinhas, foi divertido, mas na próxima vamos para ganhar, ainda mais que agora tem a TV com todos os canias do mundo aqui para assistirmos. Bem que podia passar uns remembers do Sérgio Malandro por aqui, vi uns amigos que foram na peça dela no Brasil, deu muita vontade de ir.

Hoje fomos para a escola, Eu e Bruno, já que o restante da casa estava mais uma vez, “totally destroyed”. Toda sexta é dia de teste e fiquei feliz, pois cada semana tenho tido uma nota melhor nos testes. Como eu já disse, tem que ligar o inglês no automático e seguir em frente, estava vendo TV hoje aqui e entendendo tudo que os Mythbusters estavam dizendo, até eu parar para pensar em como eu estava fazendo aquilo, aí o angu desando. Por falar em angú, essa é a nova iguaria que a galera aqui experimentou, e que foi bem aprovado desta vez.

Depois da aula fui no mercado brasileiro comprar carne com os cara, afinal amanhã tem churrasco na casa de uns colegas, com direito a picanha, maminha, costela, alcatra e lingüiça, foda é pagar 8,50 euros num saco de carvão.

Agora é cedo aqui, quase 10h da noite mas já estou a me recolher, afinal estou gripado novamente e cansado pacaramba, afinal ser dona de casa não é nem um pouco fácil.

See you later

Igor Reis Moreira Mathias

quinta-feira, 14 de abril de 2011

A Saga de Dublin – Dois em Um. Dois dias em um texto por conta da falta de net

E lá se foi mais um dia sem internet, mais um dia em que não tínhamos nada para fazer. Como de costume, depois de Dyceis, acordamos tarde e fomos para aula, eu, Bruno e Ivan pelo menos, já que o Tadeu e o Alex estavam “totally destroyed”. Sem falar em mim, que dormi na sala e acordei com o agente imobiliário dentro de casa, pois estava vendo o problema no nosso aquecedor, perguntando o que eu estava fazendo na sala, só tive tempo de falar “backache”, virar para o lado e rolar nas almofadas do sofá que tinham virado minha cama.

Fomos para aula e quando voltamos resolvemos fazer um jantar com comida brasileira para os estrangeiros aqui. O cardápio seria carne moída com batata cozida, arroz, feijão (brasileiro), farofa e salada. O único problema foi o arroz, que aqui é um pouco diferente e ao tirar ele de uma boca para botar na outra, para esfriar, não vi que estava ligada e acabou queimando o arroz. Mas fora isso e fora a reação do Alex ao ver que comemos tudo junto em um único prato eles aprovaram a carne moída, o feijão, acharam a farofa estranha e “dry” (seca) e o arroz eu nem preciso falar.

Comemos acompanhados de um vinho chileno, que segundo nossos entendedores aqui não era muito bom, mas eu gostei.

Sem nada para fazer e sem água quente para tomar banho resolvemos ir ver Real e Totteran num pub aqui perto. E lá fomos, ver aquele jogo sem graça, o frango do Gomes e zoar com os franceses e espanhóis que cismaram em falar de futebol, por fim falei que éramos penta campeões mundiais e ai foi fim de papo. Sem mais argumentos voltamos para casa aprendendo um vasto vocabulário sexual com o italiano e o espanhol, esse por sinal que agora fala Tchutchuquinha para toda mulher que vê na rua.

Chegamos em casa e enfim tomei um banho super quente, sorte minha que preferi tomar banho antes de dormir, porque a galera que tomou banho de manhã, se ferro ao ter que tomar banho meio gelado. Ainda não acertamos com o aquecedor automático, assim vamos tentar trocar o horário que começa a funcionar o sistema para ver se amanhã de manha teremos água realmente quente.

Como eu disse o dia começou meio frio pra uns, e nublado para todos, mais um dia de chuva na terra esmeralda. Fomos para a escola e eu tive que sair uns minutos mais cedo da última aula, enfim a internet seria instalada.

O horário estava marcado para entre as 1 e 5h da tarde, porém era 12:48 o rapaz me ligou mas eu acabei perdendo a ligação, no meio do caminho consegui atendê-lo, o sotaque irlandês já é traquilo de entender, imagina falando no celular e andando na rua cheia de barulho. Por fim só entendi que ele estava aqui na porta de casa já, respondi que chegava em no máximo 5 minutos e a resposta dele eu não entendi nada, só disse o mundialmente conhecido, OK.
Cheguei em casa e por felicidade a van estava ainda na porta de casa e o rapaz veio instalar a internet e a TV. Tv essa com todos os canais do mundo, segundo o Ivan, e nossa internet de 30mb que na verdade está funcionando com 11, o Tadeu não para de reclamar sobre isso mas para mim está ótimo os 11mb contra os 500kb lá de casa.

Internet instalada, ofereci aquele suco ou água, para o rapaz, que ficou meio espantado com a hospitalidade brasileira, ele me agradeceu, rejeitou as paradas e foi embora.

Tínhamos que esperar 1h até o sistema todo funcionar, enquanto isso fui fazer almoço, salada, angu, lingüiça e o bruno complementou com o arroz e feijão.

São 4h da tarde e agora o almoço está saindo, vou lá comer, pois o Bruno já está colocando a mesa.

Abraços

Igor Reis Moreira Mathias

quarta-feira, 13 de abril de 2011

A Saga de Dublin – Comida e Mercado Brasileiro

Mais uma vez foi dia de banhos frios e alguem faltando aula, desa vez o Alex ficou durmindo. Fomos para aula e depois dela, dia de comer comida brasileiro novamente. Mas melhor que comer carne de panela com batata, foi ir num mercadinho brasileiro comprar fuba, farinha de mandioca, feijao e creme de leite.

Ja ate estou vendo, farei arroz, feijao, carne moida, angu e farofa para a galera la de casa. Saudade dessa comidinha simples do dia a dia mas que e tao gostosa.
De la fomos na loja de tudo por 2 euros, uma especia de 1,99 aqui. Assim como ai voce acha de tudo por aqui nessas lojinhas. Ir nessa loja foi meio depressivo, vimos varias coisas que podiamos ter pago mais barato, quando compramos as coisas la de casa, mas tambem vimos muitas coisas que economizamos. Placar geral 1x0 para lojinha de 2 euros. Mas aproveitamos e compramos o resto das coisas que faltavam, e ate mesmo uma caixinha de som, que e mais baixa que o som do meu celular. Por aqui nao temos Paraguai mas os Made In China invadiram o mundo.

Partimos para casa e no meio do caminho consegui quebrar o cabide que tinha acabado de comprar, mas nada que eu nao desse um jeito e mutretasse para colocar no meu guarda-roupa, elasticos sao sempre uteis nesses momentos.

Agora sinto que o ingles flui mais facil, tanto para mim, quanto para Tadeu, Bruno, Alex e Ivan, o fato de morar com estrangeiros nos forca a praticar ingles quase que o dia todo.

E como terca-feira, nao podia faltar a Dyceis, chegamos mais cedo, para conseguir beber umas Paullaner a 2 euros, e curtir enquanto o lugar estava mais vazio. Ontem nao estava muito cheio, choveu antes e depois durante a Dyceis o que afastou um pouco a brasileirada de la. Vimos Chelsea e Manchester, tomamos algumas cervejas e fomos para casa.

Cheguei em casa com fome e o Alex ainda fez um macarrao com atum, mussarela de bufala e molho vermelho para mim. Realmente ando muito mal acostumado. Agora estou a procura de um lugar para revelar foto, trouxe algumas do Brasil, ganhei algumas de umas amigas mas aidna falta uma galera no meu mural la do quarto. Mural esse que usei como base um quadro com vidro que tinha la, tendo cuidado para colocar durex nas partes em que nao tem nada escrito nas fotos.

Vou me indo, a espera de que a internet seja instalada rapidamente la em casa para eu voltar a reestabelecer contato com o mundo.
Cheers

Igor Reis Moreira Mathias

terça-feira, 12 de abril de 2011

A Saga de Dublin – Do Inferno ao Céu

Primeiro dia dormindo os 5 na casa, primeiro dia e lógico que chegamos atrasados. Após a aula estava combinado de descermos até a cantina e fechar as passagens e as outras coisas para a viagem da páscoa. Lá fomos nós, após uma espera de meia hora por um computador, conseguimos sentar e quando fomos olhar, os hostels, passagens aéreas e de ônibus tinham praticamente duplicado de preço, o que fez com que desistíssemos da viagem. Quem me conhece pode imaginar como eu fiquei após não conseguir comprar isso. Um soco na bancada e uma cara amarrada mas ainda estava muito puto, mas muito puto mesmo, tanto que nem a foto do Periard e do Bruno com o Sérgio Malandro me faziam rir mais.

Lá fomos nós para casa, encontrar o Ivan, que tinha ido até a academia, para irmos ao mercado. Antes tivemos que responder o censo irlandês, 24 páginas de um monte de coisas que não entendíamos. Mas respondemos, ficamos lá quase uma hora respondendo tudo, aqui se você não responde, recebe uma multa de 2500 euros, o que significa muitos pints.

De casa direto para o mercado, 5 pessoas comprando comida junto, já viram, demoramos pelo menos uns 30 minutos para cruzar o primeiro corredor. Mas até que foi interessante, combinamos de cozinhar aqui, Alessandro deve cozinhar a maioria dos dias, mas eu e Bruno também o faremos assim como o Ivan que nos prometeu uma Paella.

Compramos muito macarrão, suco de laranja, queijo, carne, atum e uma caixa de molho de tomate, mas um molhe diferente, meio que um tomate cozido mesmo, fora o restante das coisas.

Chegamos em casa, abrimos uma lata de azeitona e o Ivan e o Alessandro foram comprar vinho. Chegaram logo com uma garrafa de vodka, vinho tinto e branco e cerveja. Tomamos o vinho tinto antes da janta, enquanto o Alex cozinhava e comíamos várias azeitonas. Enquanto isso eu aprendia alguns macetes da cozinha italiana.

Cardápio do dia, salada de rúcula com cogumelos e salmão ao molho de tomate, com fusili a carbonara. Mas diferentemente do Brasil, na Itália se come primeiro o macarrão para depois comer o salmão. Do meu estresse e toda minha ira do dia para a leveza de me oferecer para lavar a louça após a maravilhosa refeição, acompanhada de um ótimo vinho branco francês. Louça lavada eu vim sentar no chão da sala para escrever. Estou muito feliz com a casa e com meus colegas de república. Acho que mais do que inglês, vou aprender a cozinhar muito melhor e até mesmo sobre como combinar um bom vinho com a refeição.

Um grande beijo a todos

Igor Reis Moreira Mathias

A Saga de Dublin – Um Dia de Limpeza

Casa alugada, hora de Open House. Após a festinha de boas vindas, nossa casa estava pior que a Diretoria pós guerra de comida. Até porque o Tadeu importou a idéia de guerra de comida e fez guerra de açúcar com a francesa que ele acabou pegando. História complexa, pois era um colega nossa aqui que pegava a francesa e ele dispensou ela ai o Tadeu ficou, aí ela converso com o outro cara, e depois teve barraco e por fim ela dormiu do meu lado, na cama do Tadeu, com ele lógico.

Hoje então, para andar na cozinha tinha que descolar o pé do chão. Ainda bem que não tivemos tempo para limpar a casa ontem e viemos a fazer isso somente hoje. Mas antes fomos para um passeio aqui pelo interior da Irlanda, eu e Bruno, porque o Tadeu não levantou para ir. No caminho liguei para o Renato, afinal tinha recebido uma mensagem dele falando para eu voltar para o Brasil. Todo mundo louco lá atrás, saudade disso.

Lugares legais, o primeiro tem mais de 5000 anos. É uma espécie de templo da população antiga aqui. O mais legal é que a luz somente penetra dentro do templo por uns 10 dias no ano, durante o solstício de inverno. Fora isso é luz artificial mesmo. O que aprendi é que antigamente não deveriam existir gordos, pois era meio difícil andas até o interior desse templo, meio apertado e tudo mais.

O Segundo lugar era um cemitério, eu com toda essa minha coragem e gosto por cemitérios, entrei vi os túmulos e voltei para a porta, onde fiquei escutando aquele Cazuza e Nana Caymmi, até mesmo o francês, que não entende nada de português, falou que “Codinome Beija-Flor” é uma música linda.

O terceiro lugar era uma igreja onde está a cabeça de um santo irlandês, que não é St Patrick. Parece que a história é que no século XXVII foram proibidos, e este bispo continuou a praticar os cultos, então a Inglaterra o levou para julgamento na própria Irlanda, onde ele foi inocentado e depois em Londres, onde foi condenado a enforcamento e esquartejamento. Quando ele morreu sua cabeça foi atirada no fogo, de onde seus amigos a retiraram e a levaram. Mas essa cabeça não se decompõe como as outras, e ela está exposta nessa tal igreja que fomos visitar.

Das viagens para casa, ou melhor, para o lixão que isto tinha virado. Como aqui é proibido jogar garrafa no lixo comum, levamos todas as garrafas da festa e jogamos no lixo de onde morávamos, lá já tínhamos feito isso antes, então parece que ninguém lá liga. Passamos em casa e lá estava o Tadeu sentado no PC, usando o Google para aprender francês. Peguei o restante da comida, a minha última camisa que estava lá e me mudei de vez para a casa nova. Lugar legal, sala grande, arejado, com uma camisa de Brazópolis pendurada na sala.

Fomos então arrumar a casa, o Ivan já estava aspirando algumas coisas e tals, aliás que mão na roda esse aspirador, fez boa parte do serviço rapidinho. Eu fui para a cozinha, limpei os armários, lavei toda a louça, lavei a pia e os azulejos. O Bruno começou no banheiro e por fim estava limpando o freezer na cozinha. Foi ai que entendi o porque os brasileiros aqui são bem cotados para ser cleaner. O Ivan ficou abismado comigo e Bruno pois estávamos lavando toda a pia, azulejos e o freezer. Segundo ele, só a mãe dele faz isso na Espanha.

Tudo limpo, só faltava a cozinha, que continuava cheia de açúcar de confeiteiro e com umas sujeiras macabras que estavam atrás do freezer. Foi ai que o Bruno lavou e varreu ela por completo. E aí enfim apareceu o Tadeu, quando tudo estava pronto, o Tadeu chegou.

Fui para o banho, Tadeu foi comprar algumas coisas para eu fazer janta, mas quando saí o Alex já estava em casa, tinha voltado de Limerick já e disse que faria o macarrão, lá foram Tadeu e Alex comprar ingredientes outra vez. Agora está lá, o Alex brigando com esse fogão elétrico que não tem as marcas de potência e de indicação de qual boca aquele botão liga.

Enquanto isso o Bruno dorme no sofá, o Ivan já voltou para casa e fuma na janela, o Tadeu vê uns filmes malucos e põe umas músicas malucas e eu escrevo para vocês. Pena que o texto só vai ser postado amanhã, afinal já compramos a TV e temos os computadores, mas internet e TV a cabo acho que só depois de terça feira.

Abraços

Igor Reis Moreira Mathias

sábado, 9 de abril de 2011

A Saga de Dublin – Equipando a Casa

Hoje era dia de equipar a casa, comprando as coisas que faltavam. E assim foi, nos encontramos as 11 e meia no novo apartamento para sair e comprar as coisas que faltavam.

A primeira coisa a ser vista foi a TV, compramos uma de 32 polegadas, caixotona, modelo antigo por 65 euros. Ótimo preço tendo em vista o preço das novas que tínhamos visto.

Do bazar, que vendia de talher a taco de golfe, fomos para a Dunnes e para a Argos, comprar edredom, capa, lençol, frigideira, talher, tabua de carne, panela de preção, etc, etc.

Saímos da Argos lotados de coisa, logo após efetuar a troca da lixeira. A Argos é uma espécie de Casa e Vídeo Irlandesa, a diferença é que você compra por catalogo e não pegando o produto. Assim compramos uma lixeira, metade do preço da concorrência , mas metade do tamanho também , logo trocamos a mesma, pegamos o nosso dinheiro de volta e fomos ao lado comprar aquela baita lixeira.

Das lojas partimos para casa, afinal já tinha gente chegando para a Open House. Mas antes disso tivemos que pendurar a camisa de Brazopolis, com assinatura do Renato, Pomps, Renan, Cecília, Natty, Mika, Iago, Rapha e Saloma. Ai começaram a chegar o povo a casa lotou e agora vim na antiga casa para tomar banho e escrever para vocês. Uma galera já foi embora, uma galera vai dormir la, afinal amanha tem excursão da escola.

Espero chegar la e estar tudo bem.

Amanha posto fotos e falo mais sobre o dia.

Abraços

Igor Reis Moreira Mathias

sexta-feira, 8 de abril de 2011

A Saga de Dublin – Fechando o Contrato da Casa

Hoje foi dia, todos na aula, uns minutos atrasados mas na aula. Ao fim da aula aquela ida no restaurante brasileiro para comer, arroz, feijão, batata frita e uma suposta picanha. Picanha para irlandês ver, pois para mim aquilo era contra-filé. Mas a vontade era tanta que até músculo de terceira seria uma delícia.

Fim de almoço, hora de partir para finalizar as coisas e fechar o contrato. Fomos a casa, testamos alguns aparelhos, vimos as necessidades, falamos com o agente imobiliário e 2400 euros depois, assinamos o contrato. Bom foi na hora de sortear em nome de quem viria a conta de luz, como sempre, o gordinho sempre se ferra. Caiu para mim e por conseqüência a conta da internet e TV a cabo também. Já que os caras vão depositar dinheiro na minha conta para pagar a luz, já depositam de uma vez, do resto das contas.

Viemos para minha atual casa e fomos ver sobre a internet, olhamos os pacotes, para ficar com o mínimo, 20mb de velocidade + vários canais, daria 11 euros por mês para cada, já para pegar o pacote máximo, 30mb de velocidade + todos os canais do mundo, daria 15,40. Resolvemos logicamente por mais internet e mais canais. Mesmo sabendo que a TV só vai ficar na ESPN e na Sky Sports.

Semana que vem ficaremos sem internet por uns dias, portanto não se assustem se eu demorar a postar fotos, textos e etc.

Aqui em casa realizamos o sorteio dos quartos. A casa é composta por 3 quartos, 2 de casal e um de solteiro, sendo um grande de casal e um pequeno. Bruno, Alessandro e Ivan queriam o quarto de solteiro, eu e Tadeu queríamos fugir da briga e pegar o melhor. Eu e Tadeu ficamos com o maior quarto, Bruno fez um acordo e ficará no quarto de solteiro as 2 primeiras semanas, depois o Ivan ficará por 3 semanas e o Alessandro por mais 3 semanas. Eu to de boa, peguei o quarto grande e ainda por cima ganhei as camas novas que o Land Lord comprou para colocar no lugar das camas de casal.

Amanhã é dia de limpeza na casa e dia de comprar as coisas que tão faltando, tipo frigideira, facas, colheres para cozinhar, etc. Mas gostei da casa, o único problema é que lá é nosso então acabaram as prézinhas em casa, pois lá é quebrou pagou.

Agora to aqui, Tadeu e Pierre jogando PC, eu no computador com minha família e o Alessandro fazendo uma macarronada para nós. O beleza.

Amanhã falo mais de como foi a limpeza e como eu vou ficar após ela.

Valew Galera

Igor Reis Moreira Mathias

quinta-feira, 7 de abril de 2011

A Saga de Dublin – Brasil

Mais um dia de aula, mais um dia que bateu aquele sono na primeira aula. Relembrando os velhos tempos de CSN, encostei minha mente sobre os braços e descansei os olhos. Isso mesmo, não cheguei a dormir, mas tentei enganar o sono.

No fim da aula, hora de mostrar minha planilha de gastos com vôo, ônibus (Liverpool-Londres e vice-versa) e hostels. Uma galera animou e outra ficou daquele jeito, vou, mas no fundo você sabe que não vão. Combinei com o Renato, se ninguém for, vamos nós dois mesmos e foda-se. Ma parece que Tadeu animou agora também.Vamos ver, mas eu estou muito inclinado a ir sim. Fim de semana fechamos isso.

Da escola eu ia para o PPS, para pegar meu número do seguro social, que eu solicitei e não chegou em minha casa, mas como o Tadeu ia com a Tatiana ver computador, eu acabei indo com os dois, já que era do lado do PPS. Fomos olhamos várias coisas, a Tati parece que escolheu o computador e acabou que eu comprei um MP4 por 20 euros e um fone por 4, e o Tadeu comprei um fone fodarasso por 21. Fones e cabos de PC aqui são muito caros, muito mesmo.

Hora de voltar para nossa casa com piscina olímpica. Pena, parece que arrumaram o encanamento. Ontem foi tão legal tomar banho de pia, não alaguei o corredor do prédio mas o banheiro ficou ensopado.

Nosso corredor hoje está uma beleza, aquele cheiro de cachorro molhado e o tapete encharcado.

Mas hoje foi um dia especial em se tratando de Brasil, pena foi chegar em casa e ver a capa de todos os sites a tragédia no Rio. Mas voltando a parte boa, tivemos um exercício em sala onde falávamos de o que seria o céu e o inferno para nós, e todos os estrangeiros cotaram o Brasil sendo o céu pelo menos em algum quesito, como comida, hospitalidade, beleza, enfim, nosso país parece ter uma boa imagem aqui fora.

Comentando isso com Tadeu e Tatiana, achei verdade, acho que uma das maiores mudanças que terei aqui é isso, quando eu voltar ao meu país, certamente reclamarei menos de algumas coisas e até mesmo não falarei mal delas. Por mais que não gostemos, tem muita coisa no nosso país que é muito melhor do que aqui, que é um país de primeiro mundo com o 5° maior IDH do planeta e entre as 20 melhores qualidades de vida do mundo.

Além disso é interessante notar, todo mundo gosta dos brasileiros, onde chegamos com a bandeira do Brasil as pessoas reconhecem e apontam, BRAZILIANS.

Vou lá, amanhã é dia de fechar o contrato da casa e começar a comprar as coisas que faltam, como talheres, TV, pratos, produtos de limpeza e etc.
Até a próxima

Igor Reis Moreira Mathias

quarta-feira, 6 de abril de 2011

A Saga de Dublin – Piscina em Casa

After Dyceis, acordamos em casa, Eu, Tadeu, Bruno, Alex e uma amiga do Alex que dormiu aqui, mas sumiu antes até mesmo de eu acordar. Acordamos, pessoal tomo aquele banho e fomos rumo a aula na escola.

Aula acabada todo mundo resolveu almoçar no South Willian, afinal, hoje era dia de Feijão Tropeiro. Lá fomos nós, 12 brasileiros, 1 italiano, 1 francês e 1 espanhol encarar o PF. Para mim tava gostoso, até porque eu já tinha comido isso domingo e feijoada sábado, mas para a maioria da galera, estava mais do que gostoso. Primeira vez que a maioria ali comia uma comida brasileira, quase um mês após nossa chegada. Sem falar do italiano, do francês e do espanhol que adoraram a comida brasileira. E os caras aprendem rápido, após aquele PF eles já queriam tirar aquela soneca.

De lá fomos mostrar a casa para o Ivan, que curtiu o lugar e vai ficar conosco durante os 2 meses que ele estará em Dublin.

Chegando em casa a surpresa, ganhamos uma piscina e não sabíamos. O carpete do lado de fora estava todo inundado, quase pegamos um bote, um colete salva vidas ou o assento do avião para atravessar o local. Tudo bem que quando saímos de manha estava molhado, mas agora tava o corredor inteiro encharcado.

Liguei para o responsável pelo apê e ele disse que já estava ciente do problema e que era um vazamento debaixo da banheira. Resumindo, estamos impedidos de tomar banho no nosso apê, teremos que ir no apartamento de cima de uma meninas, que nunca vimos na nossa vida, tomar banho. Assim sendo, e como mulher geralmente é enjoada com esse negócio de banheiro molhado, acho que vou tomar um banho escondido aqui no meu apê, aquele que você liga a água se molha, desliga e se ensaboa, depois liga e tira o sabão rapidinho.

Tadeu melhorou, mas acha que o cogumelo que fez mal a ele, ele nem agüenta o cheiro do meu risoto com cogumelos, mas eu acho que enjoei também. Hoje é aniversário dele, meus parabéns novamente, e que nesse ano seja muito bom para todos nós.

Agora vou lá, acho que vou tomar aquele banho rapidinho. Afinal o que é um jato d’água pra quem ta encharcado.

Igor Reis Moreira Mathias

terça-feira, 5 de abril de 2011

A Saga de Dublin – Fábrica da Guinness

Mais um dia que começa, mas hoje Tadeu não foi a aula novamente. Teve febre ontem a noite e acabou ficando em casa. Não se preocupem tudo está bem, mediquei o Litle Tadeu e até fiz soro caseiro.

Hoje na escola era dia de irmos para Fábrica da Guinness, enfim íamos conhecer um dos maiores pontos turísticos de Dublin.

Depois da aula, hora de sentar na cantina e procurar por passagens aéreas baratas, mais uma vez Liverpool voltou a ser uma opção viável, estamos, novamente, querendo ir para a Liverpool e Londres no feriado. Findado isso o professor chamou todos na sala para falar sobre a Fábrica da Guinness e logo no começo da chamada eu já cometi aquele mico. Professor pergunta do Tadeu, e eu que estava fora da sala, gritei em português “fessor, o Tadeu tá em casa, vamo passar lá para pegar ele”. Todo mundo riu, até porque metade era estrangeiro e não entendeu nada.

De lá para a fábrica da Guinness, alguns minutos andando e enfim chegamos. Lugar maneiro mas o tur é meio fraco, não tem guia é tudo meio que auto-serviço. Sem contar que a loja de mimos é um fortuna. Andando por dentro do pint, sim a base do museu da Guinness é em formato de um pint, passamos pelos ingredientes, modos de preparo até enfim chegar no primeiro local realmente interessante, a sala de amostra, lá tomamos uma pequena dose da cerveja irlandesa para abrir o apetite. De lá seguimos por outros andares, mas disparamos para o quarto andar para aprender a fazer o pint perfeito e servir um para nós. Legal as técnicas, até ganhei um A+ do garçom lá. Sem contar que todos ganham um certificado que esteve lá e tals. De lá para o topo do prédio, uma vista panorâmica da maravilhosa cidade de Dublin, com direito a ver o mar e tudo mais.

Partimos para casa, algumas pessoas também vieram, tomaram uma cerveja, fizeram um lanche e fomos para a Dyceis. Mas por mim acho que já deu, a Dyceis é uma espécie de Cana Café em Dublin, ou seja, lotado e chato. Acho que por mim já deu, no máximo passar lá cedo para tomar uns 3 pints e partir para casa. Afinal as baladas aqui apesar de muito legais, me deixam a impressão de faltar algo, alguém ou alguens, né galera.

Agora to em casa, comi aquele faT food e vo dormir, afinal são 2h da matina e amanhã tem aula.

Igor Reis Moreira Mathias

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A Saga de Dublin – A Procura do Destino Perfeito

Começou mais um belo dia, aquele frio, eu sem minhas luvas, e vamos para escola, sozinho hoje, Tadeu estava passando mal e ficou em casa. Na escola era dia de procurar o 5° elemento da filia da Diretoria em Dublin. Conversamos com algumas pessoas no intervalo e nada.

Fim da aula, hora de descer para a cantina e trocar uma idéia. Foi quando apareceu o Bruno, falando que tinha conversado com um espanhol, Ivan, novato chegou hoje na minha turma, e que ele toparia morar na república por 2 meses, que é o tempo que vai ficar aqui.

Mostramos o anúncio da casa na internet e ele topou ir pra lá. Só vamos esperar até quarta para confirmar, pois é quando ele vai ver a casa lá conosco, já que amanha temos excursão para a Guinness e depois Dyceis.

Depois de ficar enrolando na escola fui para casa, faminto já que não tinha levado sanduíche para escola. Assim que cheguei fui fazer almoço. Enquanto isso o Tadeu procurava na internet hostels em Liverpool. Pena não haviam vagas, todos hostels lotados. Mais um destino que parece ir água a baixo.

Agora a noite eu entrei no site da Ryanair e achei milhares de rotas com as maiores variações de preço possíveis. Conclusão, amanhã no intervalo entre o fim da aula e a excursão para a Guinness, combinei com o pessoal e vamos procurar por destinos com um bom preço e que sejam interessantes.

Até mais

Igor Reis Moreira Mathias

domingo, 3 de abril de 2011

A Saga de Dublin – Fim de Semana das Comidas Brasileiras

Acordei hoje, lá pelo meio dia, que delícia acordar sem despertador nem nada, saudades do meu tempo de atoa ai no Brasil. Levantei tomei aquele café da manhã, tomei remédio, afinal de contas a gripe me pego forte aqui, e sentei no PC para conversar com meus amigos e família. Engraçado, quem me vê conversando com eles deve me achar doido, eu sempre assovio para meus cachorros pela web can, não que eles possam me ver pelo PC mas é que é engraçado vê-los me procurar em casa. Dia desses até mesmo liguei para casa e pedi para colocarem o tel no viva-voz, muito legal ver os cachorros cheirando o telefone achando que eu to lá.

O dia de hoje foi bem monótono, nada para fazer, todo mundo em suas respectivas casas, o bom mesmo era esperar pelo jantar 0800 que íamos ganhar hoje da agência dona de nossa student house.

E lá fomos, rumo ao jantar brasileiro, chegamos, eu rejeitei cerveja, preferi tomar uma coca, já que eu estou meio debilitado pela gripe. Conversamos e enfim rolou o rango. Pela segunda vez no fim de semana eu ia me deliciar com comida brasileira. Tinha um frango recheado, arroz, feijão tropeiro e carne assada. Que delícia comer um torresmo no feijão tropeiro.

Depois de acabar o primeiro prato foi hora de partir para o segundo, e ai a bela surpresa, como tinha acabado o frango e a carne assada, colocaram uma feijoada. Eu que sou brasileiro e gordo, não hesitei, botei um arroz, um pouco de feijão tropeiro e um pouco de feijoada. Dessa vez nem caprichei nas carnes muitos gordurosas nem nada, fiquei de leve na lingüiça, sem trocadilhos. Que delícia comer feijão dois dias seguidos.

Nesse espaço de tempo, foi hora de ligar para a Cecília, amiga e uma das minhas maiores fãs do Brasil, hoje é aniversário dela. Calma Demutti, eu só não te liguei no dia do seu, porque OI não funciona no Braz.

Agora to em casa, curtindo o fim do meu fim de semana. Estou olhando mais uma vez passagens aéreas, acho que na Páscoa vou mudar de roteiro e vou para Liverpool e Londres. Oslo ou Estocolmo eu vou no fim do mês quando as passagens estarão 12 euros para ir e 12 para voltar. Outra coisa, vou diminuir as saídas durante a semana, os gastos com cerveja de uma noite aqui, podem valer uma passagem de ida e volta para algum país europeu, cerveja eu tenho muito tempo para beber no Brasil ainda. Acho que a saída da semana vai ser Dyceis mesmo, afinal 2 euros o pint, vale o sacrifício.

Até amanhã

Igor Reis Moreira Mathias

sábado, 2 de abril de 2011

A Irlanda sob um ponto de vista diferente

E ae galera!
Bom, estou aqui após a terceira semana nossa nas terras verdes para fazer uma nova retrospectiva pra aqueles que não puderam acompanhar o dia-a-dia do Inhonho, e também ouvirem saberem um pouquinho do meu ponto de vista. =)
Passadas 3 semanas aqui, tudo o que começamos a pensar é em arrumar uma ocupação pós classe. Depois de duas semanas malucas, onde não tínhamos tempo nem para entrar na net com regularidade devido às tantas documentações que tínhamos que tirar, essa semana foi por conta da procura de uma “Lar-doce-Lar.
Nunca vi ser tão difícil alugar um apartamento. Os caras aqui cismam que eles sabem o que é melhor pra gente. Não nos deixam morar em 4 porque pra eles não é legal, ou sei lá o que se passa nessas cabeças. Vários AP’s bacanas se foram, e acabamos fechando com o primeiro que visitamos. Aliás, esse os deu total liberdade para mormos em até 5, trocaram as camas de casal por de solteiro, nos deram um geladeira decente e colocaram um micro-ondas. Confesso que não queria muito ir pra lá, mas acho que no fundo, o que se passava mesmo, era o filme do apartamento perfeito que tínhamos encontrado na semana passada.
Mas é isso...problema, resolvido. Só mais um deles...heheheh
Falta fechar o contrato e assina-lo, mas se tudo der certo, e vai, semana que vem estaremos inaugurando nossa nova casinha, e que sabe com alguma “brazilian party”.
Sobre Belfast, capital da Irlanda do Norte, não tenho muito o que dizer, a não ser que foi muito manero. Tirando a parte dos muros que chegam a ser entediantes, fomos parar num Pub que parecia a reunião da AAPVR em um primeiro instante, mas nem por isso deixou de ser divertido. Aqui eles sabem se divertir, até os “coroas” . As vezes fico pensando e chego a conclusão de que a melhor coisa que inventaram aqui, foi essa lei que proíbe bebida na rua.
Afinal, eles bebem, mas bebem muito! Faz parte do dia-a-dia deles, e não é para se divertir, é do cotidiano mesmo, sem nenhum motivo especial.
Hoje acordei tarde, afinal é sábado, e novamente perdi a hora marcada com a molecada para a tal “Feijoada do Adão” que rola todo sábado por aqui. A vontade de comer um feijão e um arroz vai persistir por mais alguns dias. Eu e Alex sempre estamos atrasado. Moramos tão longe de tudo que nem pra aula esta sendo fácil chegar no horário.
Mas voltando a vontade de comer arroz com feijão, minha host quis fazer um agrado essa semana, e após ter feito uma pizza para o Alex, que mais se parecia um pão, nas palavras dele.
Cheguei em casa esses dias e dei de frente com o tal arroz com feijão. Estranho e diferente!
Só assim consigo descrever. Estava sem sal, como tudo que eles fazem aqui. Acho que a população é hipertensa ou tem medo de ficar, porque você NUNCA encontra comida temperada, a não ser as mexicanas que vem mergulhada em pimenta...pqp!
Mas joguei um salzinho e ficou, como disse o Alex, “eatable” hahahahaha...
Mas no fundo, o que valeu foi o carinho dela e a preocupação demonstrada por saber que estou com vontade de comer uma “comidinha da mamãe”.
Levando o assunto a escola, não tenho muito o que reclamar (muitos agora vão dizer: O Bruno só sabe fazer isso!), pois lá é ótimo. Fui trocado de turma e cai numa com dois Camaroneses e o restante Brasileiro.
Confesso que não estou gostando dessa parte, pois a turma é meio devagar, e eu tenho a sensação que não vou conseguir tirar muita lição ao lado deles. Conversei com meu “teacher” e talvez eu suba um “level”. É esperar por segunda-feira e ver.
É isso aí então pessoal...
Já com todos documentos necessários e uma casinha pra morar, agora só falta um “job”.
ESTAMOS LEGALIZADOS! Hehe
Só queria que soubessem que estamos bem, que apesar das saudades e dos momentos em que sentimos falta de tudo e de todos, a cada dia mais nos acostumamos com os hábitos irlandeses e que com o tempo as coisas vão se ajeitar tudinho. Afinal, temos que estar arrumadinhos pois já temos até visitas agendadas de alguns amigos do Brasil. =D
Quer coisa melhor?! Hehehehe
E ah...se alguém mais revolver vim, traga na bagagem alguns quilos de arroz e feijão!
Fico por aqui. Continuem acompanhando nossa novela através dos textos do Inhonho.
E um abração grande para meus amigos que não tenho tido contato!

Bruno Passos da Silva

A Saga de Dublin – Feijoada e Guaraná

Ontem saímos, começamos fazendo uma prézinha aqui em casa e depois fomos para uma boate no Temple Bar. Da boate para casa, mas antes parando num take away para comer salsichas e batata frita, delicioso e barato.

Acordei e foi dia de saudade, sábado em casa sem nada para fazer, foi foda. Escrevi, tomei um banho e fui direto para a tão sonhada feijoada. Só eu e Renato fomos para o South Willians Pub, lugar que tava rolando comida, bebida e músicas brasileiras. Nem preciso falar que 99.9% das pessoas lá eram do país do futebol.

Chegamos, encontramos o Antônio, rapaz que limpa nosso apê aqui, e por incrível que pareça, trabalha no pub lá também, ele nos deu a instrução deu uma ajuda para arrumar a mesa e fomos que fomos. Pagamos 7 euros na feijoada mais 2 no graraná, para mim pois o Renato preferiu coca. Engraçado, não sou fã de guaraná, mas tive que tomar, o fato de você não ter aqui todo dia, faz se tornar muito valioso.

Preparados e famintos partimos para o primeiro tempo. Me desculpe a Dra. Angélica, minha cardiologista, mas eu comi logo dois pratões de feijoada com direito a bacon, costelinha, carne seca, rabinho, paio e tudo mais. Juro que foi por uma boa causa. Amanhã fazem 3 semanas que estou aqui e pela primeira vez comi um feijão parecido com o de casa, arroz e farofa temperadinhos. Uma delícia. E pensar que essa feijoada começou aqui, na sala da casa que eu moro hoje. Incrível.

Enquanto comíamos escutei aquele fugidinha, um Djavan, Caetano, Victor e Léo e outros mais. Delícia escutar aquela MPB, um sertanejo e um pagodinho. Bonito também foi chegar lá e ver aquela bandeira do Brasil pendurada na porta do lugar.

De lá fomos dar uma caminhada para ver se fazíamos a digestão, 2 patrões de responsa com aquela pimentinha. Conversando descobri que Kildade Village é um ótimo lugar para ir as compras, lá você compra um óculos Gucci, Prada ou outros de 160 euros e ganha um de até 150 inteiramente grátis, bom para dividir a compra com um amigo.

Ontem também fiquei na internet procurando passagens para o feriado, melhores preços, Glasgow na Escócia, Liverpool na Inglaterra, Bruxelas na Bélgica ou Oslo na Noruega. Animei de ir em todos, passagens a menos de 30 euros ida e volta. Mas olhando bem achei passagens para Liverpool a 14 ida e volta para outros fins de semana, o que me fez cogitar fortemente a Noruega. Estamos vendo de ir para lá, pegar trem ou ônibus, ir para Estocolmo, Helsinki e talvez Copenhagen. Vamos ver. Espero que meu dinheiro dê para isso tudo.

Depois de passar na farmácia e comprar um xarope para minha gripe, me despedi do Renato e voltei para casa. Passando mais uma vez pelo jardim da catedral de São Patrício. Agora mais linda ainda, as tulipas estão florindo, o lugar que já era muito legal está ficando mais maravilhoso ainda.

Agora estou em casa, não vou sair hoje, vamos ver jogo do Fla no notebook, tomar um suco de laranja e ver se a gripe passa.

Fuis

Igor Reis Moreira Mathias

Corpo cá e mente lá

Pois é, hoje bateu, não pela primeira vez, mas uma das mais fortes.

Acordei e o Tadeu me disse que tinha falado com Pomps e Renan pelo telefone ontem. Abro meu facebook vejo texto do meu irmão e foto minha com a Demutti. Ontem estava na web can com a Cecília.

Bateu mas bateu forte agora. Estou aqui sentado na sala, ouvindo música e conversando com meus flatmates. Bateu uma saudade de churrasco com piscina lá em casa, saudade de dormir com um dos meus cachorros e acordar com as pernas quentinhas, saudade da barulheira já cedo lá de casa.

Queria sair, ir pra Colina tomar uma cerveja, em garrafa, com meus amigos, ou até mesmo almoçar no Zé do Grilo com minha família. Nem é bom escrever muito ou falar muito pois isso só faz lembrar mais e doer mais.

Tenho a sorte de não estar sozinho, vim com dois amigos e isso faz uma diferença enorme. Tem pessoas que eu conheci aqui que já tiveram a vontade de chutar o balde e voltar para casa, voltar para casa eu também já quis, mas não chutando o balde assim dessa maneira.

No começo era tudo lindo, tudo novo, inúmeras coisas para fazer, não tinha tempo nem para lembrar de mim. Mas agora, as coisas começam a se encaixar, o tempo começa a sobrar e as lembranças começam a machucar. Mas não se preocupem, estou bem, bem até demais. Mas nada é perfeito, e são vocês que estão ai do outro lado do Atlântico que faltam para tornar esse meu sonho a maior perfeição.

É isso ai, um desabafo, uma forma de expressar o meu sentimento. Sentado aqui na sala, olhando a fábrica da Guinness ao fundo, escutando Raimundos, depois de ter passado por Elis Regina e Nana Caimmy.

E aqui me despeço eu, depois de ficar mais de 10 minutos tentando finalizar o texto. Não conseguia entender o porque disso, primeira vez que não consigo finalizar um texto. Mas enfim entendi, como finalizar algo que não tem fim.

Igor Reis Moreira Mathias

sexta-feira, 1 de abril de 2011

A Saga de Dublin – Ligações para o Brasil

Mais um dia pós balada. Mas hoje eu fui na aula, eu fui, mas o Tadeu não. Fomos a um pub ontem, pela escola, ver dança e música típicas da Irlanda. Depois de algumas Guinness a 4,50 resolvemos ir para o The Mess, um pub alternativo, que toca um roquezinho de leve, onde geralmente a cerveja é mais barata. Conseqüência, o pint estava 4,70 e acabamos pagando mais caro. Era quase meia noite resolvi ir pra casa e fazer aquele macarrão cheio de coisa pós balada.

Hoje, como eu disse, eu fui pra aula e deixei o Tadeu dormindo em casa, ele chegou lá pelas 2h ontem. Na aula encontrei Bruno, Alessandro e todo o resto da galera destruídos na escola. Da escola, hora de ir para casa pegar as bolsas do mercado e partir para lá. Fomos eu e Tadeu comprar as coisas que estavam faltando e muito mais. Eu não resisti e comprei mais carne para mim, Tadeu foi pros congelados e depois de uns 30 minutos conseguimos voltar para casa. Cada um segurando uma alça da bolsa, que estava muito pesada, Tadeu com mochila carregada e outra bolsa em uma das minhas mãos.

Nesses inúmeros espaços de tempo em que caminhava sozinho, voltando da balada ou voltando da escola, eu tentei ligar para minha vó. Mas não conseguia, por algum motivo ninguém me atendia. Liguei para minha mãe conferi o número e tudo mais, mas nada de conseguir falar com o pessoal lá. Depois de chegar em casa e fazer aquele almoço para mim e para o Tadeuzinho, resolvi sentar no sofá e conferir pela enésima vez o telefone de lá. Foi quando notei um 2 a mais no meio daquele emaranhado de números. Engano desfeito foi hora de falar com meus avós.

Liguei para eles e meu primo atendeu, me deu notícias da UFF, sim eu sai mas já tratei de deixar um representante lá. Minha vó atendeu, falei com ela tranquilamente, depois com meu avô que conversou tranqüilo pelo telefone e depois com o Rafa. Muito bom falar com a família. Depois de um tempo que estava na web can com minha mãe resolvi ligar para outro lugar, liguei para sala que eu trabalhava na CSN. Não que eu seja o maior fã de lá, mas é que aprendi muito e fiz bons amigos, estava com saudades do pessoal. Mandei email com fotos minhas daqui e logo, logo liguei para eles, falei com várias pessoas, eles usaram o viva-voz e foi muito legal.

Agora estou aqui, escrevendo um pouco adiantado, hoje o pessoal vem tomar cerveja aqui em casa então não sei que horas poderia escrever, mas sobre isso eu falo amanhã. Aliás amanhã devo dar um pulo em Blanchestown um lugar aqui perto que parece ter várias outlets.

Mas por hoje é só pessoal.

Tears

Igor Reis Moreira Mathias