Enfim chegou sábado, acordamos cedo, mas por não conhecer a cidade e por não saber dirigir nessa contra-mão. Demoramos uns 20 minutos para fazer o percurso que fazemos em 15 a pé.
Chegando lá fomos puxar o bonde dos dois carros. Nós na frente já que eu estava de co-piloto e operando o mapa, função que cumpri muito bem por sinal.
Partimos em direção a Galway, cidade litorânea, pequena mas muito legal. Lá em alguns lugares você até pode, ou não pode mas bebem, na rua. Galway foi a cidade onde ficamos mais perdidos, afinal nosso hostel, que mais parecia um pulgueiro de quinta. Fomos para lá numa boa rodovia, espécie de Dutra mas muito mais tranqüila. Por incrível que pareça fomos respeitando o limite de 120 km/h, afinal aqui não é o Brasil e não sei como as coisas funcionam.
Chegando em Galway fomos fazer check in e logo procuramos um lugar para almoçar, afinal estávamos famintos. Tadeu, Alex e Renato foram para um lugar mais sofisticado, enquanto eu, Bruno e o resto da galera partimos para um fast food comer batata com molho de alho e queijo. No meu caso eu comi frango com batata mesmo.
Havíamos combinado de nos encontrar no carro as 4:40 da tarde. Fomos à orla onde vimos alguns cisnes no mar e então resolvemos retornar ao carro, afinal havíamos combinado horário e tínhamos que colocar mais parquímetro. Como esperado os meninos não estavam lá, compramos os tickets, deixamos preso no limpa vidro e fomos
Então fomos a catedral da cidade. A catedral era linda e o riacho do lado mais ainda, lugar onde encontramos uns patos pousando em meio a cones dentro dágua e um cisne que tentava nos bicar enquanto tirávamos foto com ele.
Após encontrar os meninos, fomos à orla novamente, mas do outro lado agora, onde ficamos tomando cerveja na rua, com medo da policia aparecer, e tirando foto dos cisnes no mar. De lá, morrendo de frio e com vontade de liberar a cerveja ingerida, fomos para o hostel tomar banho e nos aprontar para a noite.
Enrolamos demais para sair de casa e quando saímos acabamos indo para um pub hiper lotado, como eu odeio espaço confinado, meti o pé para casa, afinal íamos acordar cedo no dia seguinte e eu precisava dormir.
No dia seguinte acordamos e fomos em direção aos Cliffs, mais uma vez na co-pilotagem do carro da frente. Mas foi quando no meio do caminho vimos e fomos visitar o primeiro castelo em terras irlandesas. Era mais uma casa grande feita de pedra do que um castelo, mas paramos tiramos fotos e lógico, exibimos nossas bandeiras do Brasil e do Flamengo.
Entramos nos carros e pegamos estrado novamente, quando resolvemos parar em um lugar para comer e tomar um café. Lugar que encontramos o Garfield, ou o irmão dele. Um gato gigante de gordo e que mais parecia um monumento da cidade, pois todo mundo dava comida para ele e o acariciava.
Enfim de volta a estrada para ir em direção aos Cliffs, meio complicado de achar, afinal não é sempre que tem placas indicando o caminho, mas eu com meu mapa e meu motorista fomos que fomos e conseguimos chegar, apesar de alguns acharem que estávamos perdidos, assim como eu mesmo achei em algumas horas.
Chegando nos Cliffs o tempo não estava tão legal, mas logo logo abriu aquele sol e pudemos desfrutar do lugar mais lindo que já vi em minha vida. Não é atoa que os Cliffs ganharam na votação e estão entre as 7 maravilhas naturais da terra, assim como o Cristo ganhou para as maravilhas do mundo moderno. O lugar é impressionante, e apesar de muitos acharem que são só paredões de pedra, a cada andada você tem uma vista diferente, descobre mais um pedaço, vê mais um pasto recheado de vacas obesas ou até mesmo um lago, formado pela chuva, no alto do lugar e após subir mais um pouco dar de cara com um pasto todo florido de flores brancas e amarelas, que formavam um tapete de frente para outros paredões.
Nesse lugar eu sentei, olhei para frente e tive uma das imagens mais lindas da minha vida. Foi então que resolvi rezar e agradecer a Deus por me dar a oportunidade de ver tal lugar e de ter feito o mesmo. Logo depois, muito emocionado, foi hora de ligar para as duas pessoas que me proporcionaram tal vista e tal emoção, meus pais. Liguei para casa e falei com meu pai, agradeci a ele e a minha mãe por tudo que eles vem me proporcionando, e falei para eles virem ver o que eu pude ver.
Após os meninos chegarem onde eu estava, resolvemos voltar, afinal já não era tão cedo e andaríamos por mais muito tempo para chegar até a ultima ponta do lugar. Foi ai que fomos a torre que existe no lugar, onde eu, Tadeu e Alex penduramos mais uma vez as bandeiras do Brasil e do Flamengo para que todos pudessem ver.
Depois disso fomos ao centro de informação onde vimos alguns vídeos, fotos e dados sobre o lugar. Na hora de ir para Cork eu resolvi tentar a sorte e dirigir o carro. Dirigi por uns 4km, até pararmos em um lugar para tentar comer, onde eu devolvi o carro as mãos do italiano, afinal ele já estava mais acostumado e eu precisava ser o GPS da viagem. Muito legal dirigir do lado contrário, você bate as mãos na porta do carro tentando passar a marcha a direita, você quase sempre olha para o lado errado do cruzamento, entra numas contramãos e não tem noção nenhuma de espaço do lado esquerdo do carro.
Entramos novamente em nosso Fiat Bravo, passamos do lado de algumas praias e fomos para Cork. Demos uma voltinhas a mais, mas encontramos o hostel bem mais tranquilamente do que em Galway. Fizemos check in, cada um foi para seu respectivo quarto, tomamos banho e fomos tomar uma cerveja no saguão, onde pagamos internet e conseguimos assistir, ou tentamos, o fim do jogo do Fla. Eu juro que não estava nervoso, mas após uma provocações recebidas aqui e ver o jogo travando pela internet eu fiquei muito nervoso. Era tanta tensão na mesa que uma lata voou sozinha e caiu no chão. Todos cismaram que culpa era minha, mas eu apostei, se o vídeo do hostel provasse que eu tinha socado a mesa, eu pagava um pint para todo mundo.
Começamos a ver os pênaltis e ai acabou o tempo, compramos mais, mas ai a internet que era uma merda resolveu parar. Vimos o Renato perder o pênalti e quando o Galhardo bateu, travou de vez e não conseguíamos saber se a bola tinha entrado ou não. Apertamos o F5 incessantemente em todos os sites possíveis e nada, foi quando uns 5 minutos depois o Bruno conseguiu ver que havíamos ganhado dos fregueses e aí era hora de ligar para algumas pessoas, que nem atenderam mais minhas ligações. Aliás um abraço aos tricolores que nem com gol irregular ridículo conseguiram parar o bonde sem freio.
Falando em bonde sem freio, apresentamos a música ao Alex e rodamos um tempo com ela no talo no carro aqui em Dublin.
Pedimos umas pizzas, comemos e fomos dormir. Acordamos cedo fomos procurar um lugar para comer a acabamos tomando café irlandês hoje, com direito a ovo, bacon, lingüiça e pão. De onde partimos para a longa caminhado ruma a prisão de Cork.
Lugar legal, onde preferimos pedir o áudio do guia em inglês, rodamos pelo lugar e deu até mesmo para sentir como tenebroso devia habitar aquilo lá nos séculos XIX e XX. De lá descemos a ladeira e fomos para o parque da cidade de Cork, de onde resolvemos voltar para o hostel, pegar o carro e ir visitar alguns castelos. Foi onde a moça da recepção no indicou que visitássemos primeiro o Blarney Castle, pertinho de Cork e tão bom que nem conseguimos ir visitar o outro, pois ficamos muito tempo lá.
Lugar maneiro, ar medieval, grande e até meio macabro. Jardins lindos, mansão maneira e uma pedra que todos beijam. Eu não beijei afinal ela fica no último andar o castelo e você tem que deitar de costas no chão, um rapaz de segura e você beija a pedra olhando para o chão lá em baixo, coisa demais para meu medo de altura. Subimos todos seus mais de 100 degraus, fomos ao jardim das plantas venenosas, subimos na árvores gigantes, vimos a mansão as cachoeiras do Tadeu e partimos rumo a casa, ou tentamos, já que ficamos um tempo para resolver o que faríamos e acabamos decidindo em nos dividir, o carro com o povo daqui indo para Cork e o outro ficando no castelo para fazer um lanche curtindo o visual.
Fomos para Cork, comemos, bebemos, colocamos gasolina e pegamos a estrada, difícil agüentar vir acordado, mas assim que teve que ser, afinal o Alex estava cansado e eu não podia deixá-lo sozinho. Conversamos sobre várias coisas, traduzi vários pagodes e até mesmo o samba da Viradouro deste ano para ele, e enfim a tropa acordou quando paramos para abastecer em uma cidade no meio do caminho.
Chegamos em Dublin, deixamos o Renato na estação do LUAS e viemos para casa. Foi o tempo de chegar, tomar um banho, postar as fotos e escrever.
Agora são meia noite e preciso dormir, afinal temos aula amanha e será difícil me manter acordado.
Abração
Igor Reis Moreira Mathias
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